A ex-ministra Marina Silva (Rede), cortejada para compor a chapa encabeçada por Ciro Gomes (PDT) nas eleições deste ano, afirmou nesta quinta-feira 10 não ter sido procurada para discutir o tema. Admitiu, porém, conversas entre representantes das duas siglas.
Ela também declarou ter resistência à atuação do marqueteiro da campanha de Ciro, João Santana.
“Tenho, sim, divergências em relação ao desserviço que o João Santana, junto com a campanha da presidente Dilma, em 2014, fez à nossa democracia, incitando o ódio como estratégia política de ganhar o poder”, disse Marina em entrevista ao UOL.
Sobre o diálogo direto com o pré-candidato pedetista, afirmou: “Eu nunca tive uma conversa com o Ciro Gomes sobre esse aspecto. E minhas posições são conhecidas”. Segundo Marina, as conversas são restritas a Heloisa Helena – classificada pela ex-ministra como “nossa porta-voz” – e ao presidente do PDT, Carlos Lupi.
Marina Silva também declarou considerar “muito importante a questão programática” e “o acordo político de sustentação desse programa”. Ela não fecha as portas para integrar a campanha de Ciro, a depender das concessões.
“Vivo fugindo de reduzir os debates aos candidatos, quero discutir os programas e processos”, acrescentou. “Não tenho dúvida de que há abertura do PDT e do Ciro para o debate. E espero que o debate no campo democrático tenha a abertura para a questão ambiental, para mudança do modelo de desenvolvimento, para os desafios do século XXI, que é uma agenda que eu diria que tem que estar no centro da decisão política dessas eleições de 2022.”
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