Política
Marçal e Bolsonaro trocam farpas e ex-coach pede dinheiro de volta: ‘Se não existe nós, seja mais claro’
‘Nós?’, questionou o ex-presidente ante uma insinuação do candidato a prefeito de São Paulo
O candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) trocaram farpas nas redes sociais nesta quarta-feira 22, afastando a possibilidade de aliança na eleição deste ano e reforçando o conflito na extrema-direita.
Bolsonaro publicou uma postagem no X para enaltecer supostos avanços de seu governo. Marçal, que tenta conquistar apoio do campo bolsonarista, comentou: “Para cima deles, capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”.
Na sequência, o ex-presidente ironizou a mensagem do postulante a prefeito: “Nós? Um abraço”. Em São Paulo, Bolsonaro apoia a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição.
A resposta de Bolsonaro gerou reclamações de Marçal. “Todos os nossos desentendimentos foram resolvidos, almoçamos esses dias, você me deu a medalha e eu continuo te respeitando. Só não nos curvaremos a comunistas na eleição de São Paulo e se o capitão quiser me tirar do ‘nós’, me ajude devolvendo os 100 mil reais depositando na minha campanha aqui de prefeito a São Paulo pois não estou usando dinheiro público e não vou colocar o meu próprio dinheiro, pra não ser investigado mais uma vez”, escreveu o candidato.
“Se não existe o nós, seja mais claro. Entendo sua palavra ao Valdemar Costa Neto, mas a honra e a gratidão são frutos de um homem sensato”, completou.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também entrou na discussão. “Em 2022 você disse que a diferença entre Lula e Bolsonaro é que um deles tinha um dedo a menos. Só acordou agora?”
Com apelo nas plataformas sociais e uma rede para promover seus conteúdos, Marçal tem crescido nas pesquisas. Segundo o levantamento mais recente da consultoria AtlasIntel, o ex-coach chegou a 16,3% das intenções de voto e já se aproxima do índice de Nunes.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
