Cerca de 70 integrantes de movimentos sociais ocuparam a sede da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), por volta das 11 horas desta segunda-feira 15, para protestar contra a possível indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para assumir o Ministério da Agricultura.
O protesto acontece poucas horas antes da cerimônia de posse da senadora na nova diretoria da CNA para o próximo triênio (2014/2017). Candidata única ao cargo, Kátia Abreu assumirá o comando da entidade pela terceira vez em um evento que terá a presidenta Dilma Rousseff como convidada
A indicação de Kátia Abreu para o Ministério da Agricultura é recebida como uma “bofetada” e uma “infeliz surpresa” pelos movimentos sociais, que prometeram manifestações. Por outro lado, seu nome é visto como uma oportunidade de profissionalizar o ministério, há anos dominado por indicações políticas do PMDB.
De acordo com as lideranças do ato na CNA,ao menos 250 agricultores familiares e sem terra participam do protesto. Eles integram o Movimento Brasileiro dos Sem Terra (MBST), a Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade (FNL) e da Confederação Nacional dos Agricultores (Conafer). Até o momento, os manifestantes não apresentaram uma pauta de reivindicações e ameaçam permanecer no local por tempo indeterminado.
Para Rainer Ribeiro, do MBST, Kátia Abreu representa uma ameaça para a reforma agrária. “Entre outras coisas, a senadora disse que o brasileiro tem mais é que comer agrotóxico. Isso, para nós, é uma ofensa. E favorecer os grandes produtores em detrimento da agricultura familiar”, disse.
Segundo a assessoria da CNA, a diretoria da confederação estuda se recorrerá à Justiça para obter a reintegração de posse do edifício.
*Com informações da Agência Brasil.