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‘Mais perdeu que ganhou’: a avaliação do novo presidente do PT sobre a federação com PV e PCdoB
Humberto Costa, que fica à frente do partido até julho, condicionou manutenção da aliança a uma ‘readaptação no estatuto’ para dar peso diferenciado ao PT na eleição do Legislativo


Presidente interino do PT, o senador Humberto Costa (PE) defendeu o fim da federação do partido com o PCdoB e com o PV, pelo menos nos termos atuais. “Foi um espaço onde o PT mais perdeu que ganhou”, avaliou o parlamentar em entrevista ao portal Metrópoles na última sexta-feira.
“Estamos federados com partidos com importância política, mas se ela se mantém, precisamos rediscutir os princípios e estatutos. O PT, que é quem mais constrói cauda para eleger parlamentares, terminou por deixar de ganhar alguns mandatos importantes”, emendou o senador.
Humberto pontuou ainda que uma das ideias para favorecer os petistas nesse acordo é dar um peso diferenciado aos partidos na eleição dos congressistas. “Havendo uma readaptação do estatuto, acredito que podemos ter a continuidade. Caso não aconteça, não será uma vantagem para o PT. Vamos discutir”, sustentou.
A Federação Brasil da Esperança, formada entre PT, PCdoB e PV em 2022, no contexto da eleição de Lula à Presidência. Esse tipo de aliança, que obriga os partidos a escolherem candidato único nos cargos majoritários, é válida por quatro anos, sem possibilidade de rompimento.
O senador assumiu a presidência do PT para um “mandato tampão”. O posto ficou vago após a presidente Gleisi Hoffmann, que tinha mandato até julho, se tornar ministra de Relações Institucionais do governo Lula.
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