A maioria dos municípios brasileiros ainda se mostra favorável à adoção de um lockdown nacional como forma de barrar a disseminação da Covid-19. 52,8% dos gestores municipais afirmaram que adeririam à medida caso o governo federal oferecesse auxílio financeiro aos cidadãos, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios.
No levantamento, realizado entre 28 de junho e 2 de julho, a maior parte dos gestores locais (75,9%) que defendem o lockdown se mostrou favorável ao fechamento por 15 dias; 14% ao de 21 dias; e 7,5% ao de 30 dias.
A pesquisa também mostrou que, embora a maioria das cidades não enfrente problemas com a disponibilidade de imunizantes e até veja os númers de mortes caírem ou se manterem estáveis, preocupa o índice de ocupação de leitos de UTI-Covid e não-Covid.
21,5% dos municípios que participaram do levantamento informam uma taxa de ocupação acima dos 95%; 17,8% acima dos 90%; e 16% acima dos 80%.
No período aferido, 71,5% das cidades afirmaram não ter ficado sem imunizantes, ao passo que 27,2% disseram ter sofrido com problemas relacionados à disponibilidade de vacinas. Para as que tiveram dificuldades do tipo, 96,7% foram impactadas com a oferta da primeira dose.
Sobre o número de casos de Covid-19, 37,5% das cidades reconheceram um cenário de estabilidade; em 36,8% delas, os números diminuíram; e as altas se fizeram presentes em 21,3%.
Já em relação ao número de óbitos, 44,1% afirmaram não ter tido registros no período consultado; 25% indicaram estabilidade; e 16,1% comunicaram aumento nas mortes.
Entre os municípios consultados, 76,1% ainda praticam medidas de restrição de horário das atividades econômicas, como forma de combater a pandemia.
A pesquisa realizada pela CNM ouviu 3.079 gestores municipais, o que representa 55,3% dos municípios brasileiros.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login