Política

Maioria dos brasileiros é contra anistia para golpistas do 8 de janeiro, mostra Quaest

Levantamento foi divulgado neste domingo, dia de manifestação bolsonarista em São Paulo

Maioria dos brasileiros é contra anistia para golpistas do 8 de janeiro, mostra Quaest
Maioria dos brasileiros é contra anistia para golpistas do 8 de janeiro, mostra Quaest
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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No dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reúne apoiadores em um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, para pedir anistia aos envolvidos no quebra-quebra em Brasília em 8 de janeiro de 2023, uma pesquisa divulgada pelo instituto Quaest mostra que a maioria dos brasileiros é contra o perdão aos golpistas.

Segundo o levantamento da Quaest, feito em parceria com a Genial Investimentos, 56% das pessoas defendem que os condenados por participação nos atos devem seguir presos e cumprir as penas. Para 18%, eles jamais deveriam ter sido presos. Outros 16% avaliam que eles deveriam ser soltos, pois já ficaram presos por tempo demais.

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A pesquisa traz outros dados ruins para Jair Bolsonaro. Quando perguntadas se o ex-presidente participou do planejamento da tentativa de golpe, 49% das pessoas responderam que sim, contra 35% que afirmaram que não. Os índices são idênticos aos registrados em dezembro do ano passado, quando a Quaest fez pesquisa semelhante.

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Por consequência, a maioria das pessoas (52%) diz que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar o capitão reformado réu é justa. Os que acham que a decisão foi injusta somam 36%.

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Polarização

Quando os participantes da pesquisa são separados por grupos de acordo com a votação no segundo turno das eleições de 2022, fica clara a polarização da sociedade brasileira. Para 80% dos eleitores de Lula, por exemplo, é justa a decisão do STF sobre Bolsonaro. Entre os que votaram em Bolsonaro, só 16% concordam. A balança pende contra o capitão reformado também entre os que anularam ou não votaram: 51% dizem que a decisão foi correta, contra 30% que discordam.

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A Quaest ouviu 2.004 pessoas, em entrevistas presenciais realizadas entre 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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