Política

Maioria dos alemães apoia proibição à burca

Pesquisa revela que 81% são favoráveis ao banimento dos trajes utilizados por muçulmanas que cobrem o corpo e o rosto

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Pesquisa divulgada nesta sexta-feira 26, pelo portal alemão de notícias Tagesschau, indica que 81% dos alemães são favoráveis à proibição de trajes utilizados por uma parcela significativa das mulheres muçulmanas que encobrem todo o corpo e o rosto em parte (niqab) ou completamente (burca).

Segundo o levantamento encomendado pela emissora pública ARD, 51% dos entrevistados são favoráveis à proibição total, enquanto 31% defendem o banimento em locais como escolas ou edifícios da administração pública. Somente 15% são contra a proibição dos mantos muçulmanos.

Recentemente, o Ministério e as secretarias do Interior dos estados alemães governados pelos partidos conservadores União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU) se manifestaram favoravelmente à proibição em locais como tribunais, instituições públicas, escolas e até no transporte público.

A iniciativa é parte da chamada Declaração de Berlim, onde os representantes do Ministério e das secretarias prometem tanto maior segurança quanto o reforço à integração dos imigrantes no país. Entretanto a proposta de proibir totalmente a burca foi rejeitada pelo ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière.

Tendo em vista os debates sobre as prioridades para o último ano da atual legislatura, os temas apontados como mais importantes pelos cidadãos foram a segurança interna e a luta contra o terrorismo (25%), além da aposentadoria e o combate à pobreza entre os idosos (24%).

Em seguida, aparecem a educação (20%) e a integração dos refugiados na sociedade (12%). Segundo o levantamento, os temas do trabalho e economia são prioritários para 10% dos entrevistados, e a saúde, para 5%.

AfD supera Partido Verde por 1%
A pesquisa realizada no último domingo avaliou também o apoio dos eleitores alemães aos partidos políticos. A CDU, da chanceler federal, Angela Merkel, teve 33% da preferência, seguida do Partido Social Democrata (SPD), que também integra a coalizão governista, com 22%.

O partido populista de direita e eurocético Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou com a terceira maior parcela das intenções de votos (13%), trocando de posição com o Partido Verde (12%) em relação ao levantamento anterior, divulgado em 4 de agosto.

Os verdes e a CDU perderam, respectivamente, um ponto percentual em relação à última pesquisa. Já o SPD, o Partido Liberal Democrático (FDP) e o A Esquerda mantiveram os mesmos índice do levantamento do início do mês.

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