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Maioria do Tribunal Misto vota pelo impeachment de Witzel
Witzel é acusado de participar de um esquema de desvios de recursos da saúde e de fraudes em contratos emergenciais
O Tribunal Especial Misto formou maioria nesta sexta-feira 30 pela condenação do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Até aqui, nenhum integrante votou pela absolvição.
O TEM é formado por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais. Os sete votos necessários para que o impedimento se concretize foram alcançados: os deputados Waldeck Carneiro (PT), Carlos Macedo (Republicanos), Chico Machado (PSD) e Alexandre Freitas (Novo) e os desembargadores José Carlos Maldonado de Carvalho, Fernando Foch de Lemos Arigony da Silva e Teresa de Andrade Castro Neves.
O TEM ainda decidirá por quantos anos valerá a suspensão dos direitos políticos.
Witzel é acusado de participar de um esquema de desvios de recursos da saúde, de fraudes e de superfaturamento em contratos emergenciais.
O impeachment abarca atos que podem configurar crime de responsabilidade. São eles: a requalificação da empresa Unir Saúde para firmar contratos com o estado, assinada por Witzel em março de 2020; e a contratação da Iabas para gerir os hospitais de campanha anunciados pelo governo no início da pandemia.
Por trás das duas organizações sociais estaria o empresário Mário Peixoto, preso pela Operação Favorito em maio de 2020. A acusação alega que os atos administrativos de Witzel tinham como intuito beneficiar o esquema de corrupção colocado em curso por Peixoto e outros empresários.
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