Política

Maioria discorda de tese de que bolsonaristas não têm liberdade de expressão, mostra pesquisa

O levantamento da Quaest indica que apenas 39% acreditam que apoiadores do ex-capitão não podem se expressar livremente

Maioria discorda de tese de que bolsonaristas não têm liberdade de expressão, mostra pesquisa
Maioria discorda de tese de que bolsonaristas não têm liberdade de expressão, mostra pesquisa
Reação. O presidente do TSE busca asfixiar financeiramente os golpistas. Será o suficiente para detê-los? - Imagem: Evaristo Sá/AFP e Alejandro Zambrana/TSE
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A maioria dos brasileiros entrevistados pela consultoria Quaest indica não concordar com a teoria de que bolsonaristas não têm liberdade de expressão garantida no Brasil. Ao todo, o grupo que faz essa afirmação soma 54%. Só 39% acreditam em cerceamento contra os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

Entre os eleitores de Lula (PT) os percentuais que indicam não acreditar na pouca liberdade de expressão de bolsonaristas é ainda maior. São, segundo o levantamento, 65%. Só 29% acham que os apoiadores do ex-capitão são cerceados. O percentual praticamente se inverte entre os eleitores do ex-presidente. Ao todo, 60% acreditam não terem liberdade de expressão garantida, contra 36% que discordam da colocação.

A pesquisa foi divulgada na manhã desta quarta-feira 15 e revela ainda o distanciamento da população com outras pautas caras ao bolsonarismo. A compra de armas de forma facilitada, por exemplo, é rechaçada por 75% da população. Só 23% concordam com a medida, que foi uma das principais do governo Bolsonaro.

A ampliação da fiscalização contra o desmatamento também é vista com bons olhos pela maioria esmagadora da população. Ao todo, 92% indicam concordância com a proposta. No governo anterior, o mote era reduzir a fiscalização da prática criminosa na região.

O levantamento desta quarta mostra ainda que 56% dos brasileiros concordam que a escola é o local adequado para se debater sexualidade com os adolescentes. 41% discordam da afirmação.

Há, porém, outras bandeiras caras ao bolsonarismo que encontram amparo na população. A legalização do aborto, por exemplo, é rechaçada por 72% dos entrevistados. Só 25% disseram concordar com a descriminalização da prática.

Beijo em público de gays e lésbicas também divide a população. De acordo com a Quaest, são 46% que dizem achar ruim ver casais homoafetivos se beijando na rua. Outros 48% dizem não ver problemas na ação.

A pesquisa contou com 2.016 entrevistas presenciais realizadas entre os dias 10 e 13 de fevereiro. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Leia abaixo a íntegra do levantamento:

GENIAL+QUAEST+TEMAS+FEV23

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