Política

Maia, Lula e FHC criticam Bolsonaro por insuflar atos contra Congresso

Nas redes sociais, sem admitir o fato, o presidente escreveu que compartilha conteúdos ‘de cunho pessoal’ com algumas dezenas de amigos

Maia, Lula e FHC criticam Bolsonaro por insuflar atos contra Congresso
Maia, Lula e FHC criticam Bolsonaro por insuflar atos contra Congresso
Presidente da República, Jair bolsonaro, durante Solenidade Alusiva aos 400 dias de Governo. (Foto: Carolina Antunes/PR)
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A convocação do presidente Jair Bolsonaro a manifestações ao seu favor e contra o Congresso Nacional foram criticadas por políticos na noite da terça-feira 25 e ao longo desta quarta-feira 26.

Ontem, a jornalista Vera Magalhães publicou que o presidente compartilhou um vídeo no WhatsApp convocando a população para manifestações no dia 15 de março. O conteúdo do vídeo enaltecia a imagem de Bolsonaro e inflamava o povo contra o Congresso Nacional, composto por Câmara e Senado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou sem mencionar o presidente que “criar tensão institucional não ajuda o País a evoluir”. Maia ainda acrescentou que os líderes devem dar “o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional”.

Outros líderes como os ex-presidentes Lula, do PT, e Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, também publicaram mensagens de repúdio à atitude de Bolsonaro.

O petista citou o caso como “mais um gesto autoritário de quem agride a liberdade e os direitos todos os dias”, e incluiu, também, o general Heleno, ministro de Segurança Institucional do governo. Já FHC mencionou uma “crise institucional de consequências gravíssimas”, e acrescentou que “calar seria concordar”.

Também sem citar Bolsonaro, Gilmar Mendes,  ministro do Supremo Tribunal Federal – que também é constantemente atacado por setores bolsonaristas em manifestações do gênero -, escreveu que “nossas instituições devem ser honradas por aqueles aos quais incumbe guardá-las”.

https://twitter.com/gilmarmendes/status/1232663545621499911

“Mensagens de cunho pessoal”

Em resposta às críticas, o presidente publicou no Twitter uma mensagem que diminuiu o efeito do compartilhamento do vídeo em seu WhatsApp pessoal. Bolsonaro disse que ilações fora de contexto “são tentativas rasteiras de tumultuar a República”.

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