Política

Mabel (União), candidato de Caiado, derrota o bolsonarista Fred (PL) em Goiânia

Político de carreira, o postulante do União Brasil conquistou 55% dos votos válidos

Mabel (União), candidato de Caiado, derrota o bolsonarista Fred (PL) em Goiânia
Mabel (União), candidato de Caiado, derrota o bolsonarista Fred (PL) em Goiânia
Sandro Mabel - Divulgação Alegro
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Os eleitores de Goiânia (GO) escolheram Sandro Mabel (União) para a prefeitura neste domingo 27. O candidato do governador Ronaldo Caiado (União) somou 55,53% dos votos válidos, contra 44,47% do bolsonarista Fred Rodrigues (PL).

A poucos dias do segundo turno das eleições, o cenário apontava uma leve vantagem para Mabel sobre o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Contudo, além da corrida acirrada, a campanha foi abalada por acusações de abuso de poder político e suposta compra de votos.

Na última quinta-feira 24, a juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, expediu decisão imputando a Caiado e a Mabel uma suposta compra de votos.

Para a juíza, há indícios de que a dupla do União Brasil usou a máquina pública para distribuir cestas básicas como parte do programa Goiás Social em troca de votos, caracterizando abuso de poder político e uso da máquina pública.

“Verifica-se que as condutas praticadas pelo governador Ronaldo Caiado, em conjunto com o candidato Sandro Mabel, estão fazendo uso da máquina pública para angariar apoio político por meio do oferecimento de cestas básicas em troca de voto, configurando à prática de conduta vedada e abuso de poder político, haja vista que o governador faz uso de seu cargo e da sua autoridade para interferir no resultado das eleições”, escreveu a juíza. Ela fez menção específica a ações do programa Goiás Social.

A ação foi movida pela campanha de Fred Rodrigues. No processo, foram anexados vídeos que mostram eleitores recebendo benefícios e alegando ter sido instados a votar em Mabel. Além disso, a decisão judicial lembra que programas sociais governamentais não podem ser usados para promoção eleitoral, conforme prevê a Lei das Eleições.

Essa não é a primeira decisão contra a campanha de Mabel. No último dia 14, a mesma juíza determinou que Caiado e Mabel deixassem de utilizar o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, para encontros políticos com vereadores e líderes locais.

Político de carreira, Sandro Mabel foi eleito pela primeira vez deputado estadual em 1991. Depois, acumulou em sequência três mandatos como deputado federal, entre 2003 e 2015.

Ele já passou por MDB, DEM, Republicanos e PL. Também foi assessor especial da Presidência da República durante o governo de Michel Temer (MDB).

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