O presidente do PDT, Carlos Lupi, assumiu nesta terça-feira 3 o Ministério da Previdência Social no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cerimônia ocorreu na sede da pasta, em Brasília.
Em seu discurso, Lupi exaltou Lula, a quem classificou como “espécie rara na política mundial”. Ele afirmou que o petista e o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela são os únicos a “sair das profundezas da injustiça e chegar de volta ao poder pelo voto popular”.
O pedetista declarou que seguridade e assistência social não são entraves, mas instrumentos para o desenvolvimento. Disse ainda que o País deve tratar com respeito, dignidade e carinho os cerca de 37,5 milhões de beneficiários da Previdência Social.
Uma das prioridades, afirmou o novo ministro, será formar um mutirão para acabar com a fila da Previdência. O caminho, segundo Carlos Lupi, passa por informatização, melhorias na automação e prestígio aos funcionários do INSS.
“Peço a cada governador e a cada prefeito que nos ajude na parte administrativa. Quero acabar com essa fila em tempo recorde”, disse na solenidade.
Ele também defendeu a formação de uma comissão para discutir a Reforma da Previdência aprovada no início do governo de Jair Bolsonaro (PL), classificada na cerimônia como “antirreforma”. O grupo será composto por representantes dos sindicatos patronais, dos sindicatos dos empregados, dos sindicatos dos aposentados e do governo.
“Queremos que toda arrecadação destinada constitucionalmente à Previdência esteja no balanço na Previdência, porque não é favor nenhum”, acrescentou.
Lupi ainda se comprometeu com a criação de um portal de transparência, a fim de publicar a cada mês um balanço de aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC, o Benefício de Prestação Continuada. “Precisamos ter transparência, e quero transparência inclusive dos recursos”, explicou.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login