Política

Lula X Bolsonaro: eleição de 2022 foi a mais disputada desde a redemocratização

A última eleição mais concorrida após a ditadura militar e a constituinte foi a de 2014 entre Dilma e Aécio

Apoie Siga-nos no

A tensão do segundo turno neste domingo 30 registra o marco histórico da disputa mais acirrada entre presidenciáveis. Em 2023, o Palácio do Planalto terá a chefia de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recebeu 50,8% dos votos válidos, menos de dois pontos à frente de Jair Bolsonaro (PL).  

Considerando os resultados dos pleitos realizados desde 1988 pelo Tribunal Superior Eleitoral, nunca se viu diferença tão pequena entre os candidatos. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, acrescenta ao feito que estas eleições também registraram o maior número de votos em candidatos da história brasileira, percentualmente e em termos absolutos. Cerca de 2 milhões e 100 mil votos separaram Lula e Bolsonaro.

O segundo mais disputado foi o de 2014, com diferença inferior a três pontos percentuais entre Dilma Rousseff (51,64%) e Aécio Neves (48,36%).

Na sequência temos os pleitos de 1989, em que Collor (53%) venceu Lula (47%) por 6 pontos de diferença.

Em 2010, 12 pontos percentuais separaram Dilma (56%) de José Serra (44%). 

Fernando Henrique Cardoso e Lula disputaram o quarto pleito mais apertado, em 1994. No primeiro turno, FHC venceu com 55% dos votos e Lula registrou 39%.

Em 2018, Bolsonaro (46%) venceu Haddad (29%) apenas por 17 pontos percentuais, e de 2006, com Lula (60%) 20 pontos à frente de Alckmin (40%).  

Em 1998, no primeiro turno FHC (53%) e Lula (31%) tiveram 22 pontos de diferença. Já Lula (61%) e Serra (39%), também estiveram separados por 22 pontos em 2002. 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo