Política

Lula volta a cobrar países ricos por financiamento em defesa da Amazônia

Na Cúpula da Amazônia, o presidente rechaçou ‘medidas protecionistas mal disfarçadas de proteção ambiental’

O presidente Lula na Cúpula da Amazônia. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Lula voltou a cobrar dos países ricos o financiamento de medidas voltadas à preservação da Amazônia. Segundo ele, a natureza precisa de uma contrapartida diante da poluição causada pelo”desenvolvimento industrial ao longo de 200 anos”.

O petista proferiu uma breve declaração à imprensa em Belém (PA), na reta final da Cúpula da Amazônia. Mais tarde, ele embarcará rumo ao Rio de Janeiro.

Lula reforçou a necessidade de “criar mecanismos para remunerar de forma justa e equitativa os serviços ambientais que nossas florestas prestam ao mundo”. Ele também afirmou que “medidas protecionistas, mal disfarçadas de proteção ambiental por parte dos países ricos, não são o caminho a trilhar”.

Declaração de Belém, divulgada na terça-feira 8 na Cúpula da Amazônia, menciona o “ideal” de alcançar o desmatamento zero até 2030, mas deixa de fora qualquer proposta de banir a exploração de petróleo.

O texto, composto por mais de 100 pontos, foi assinado por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Uma das iniciativas é a criação da Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento, com o objetivo de “promover a cooperação regional e evitar que a Amazônia atinja o ponto de não retorno, reconhecendo e promovendo o cumprimento das metas nacionais, inclusive as de desmatamento zero”.

“O que fizemos foi dizer ao mundo que não aceitaremos mais ficar criando teses que não colocadas em prática”, disse Lula nesta quarta. “Vamos à COP28 com o objetivo de dizer ao mundo rico que se quiserem preservar efetivamente o que existe de floresta, é preciso colocar dinheiro, não apenas para cuidar da copa da floresta, mas do pvoo que mora lá.”

O presidente se comprometeu ainda com a ampliação de forças de segurança nas fronteiras a fim de combater o narcotráfico e o crime organizado em geral.

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