Política

Lula: ‘Temos muitas condições de ganhar. A mim não importa se será no 1º ou no 2º turno’

Em coletiva com aliados de Minas Gerais, o petista disse se preparar para retirar sigilos decretados por Bolsonaro

O ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert
Apoie Siga-nos no

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse não se importar se a sua eventual vitória na eleição ocorrer no primeiro ou no segundo turno e afirmou ver “muitas condições” para a derrota do adversário Jair Bolsonaro (PL).

A declaração ocorreu durante entrevista coletiva no município de Ipatinga, em Minas Gerais, ao lado dos aliados Alexandre Kalil (PSD), candidato ao governo do estado, e Alexandre Silveira (PSD), postulante ao Senado.

“Eu estou convencido de que nós temos muitas condições de ganhar as eleições. A mim não importa se será no primeiro ou no segundo turno”, disse. “Tem gente que pergunta: você quer ganhar no primeiro turno? Toda eleição que disputei desde 89, eu quis ganhar no primeiro turno. Não deu, paciência, a gente vai ganhar no segundo turno.”

Lula relembrou que as vitórias da sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), também ocorreram no segundo turno, ainda que petistas acreditassem na possibilidade de triunfos na primeira rodada.

O petista disse ainda ver um “clima muito bom” e avaliou que a população “está conseguindo diferenciar o que está em jogo”.

“A sociedade está com muita vontade de que este País volte a distribuir livros didáticos, livros no ensino fundamental, em vez de armas. A sociedade está ansiosa para voltar a ter o direito de almoçar e jantar todo santo dia, porque tem milhões de pessoas passando fome. A sociedade está ansiosa por ter empregos de qualidade”, declarou.

Lula voltou a criticar os decretos de Bolsonaro que aplicaram sigilo de 100 anos sobre informações da gestão e disse novamente que dará publicidade a esses dados.

“No dia seguinte, quando a gente tomar posse, a gente vai abrir o sigilo que ele decretou, porque eu quero saber por que alguém decreta sigilo de 100 anos sobre qualquer coisa.”

A coletiva aconteceu pouco antes da realização de um comício de Lula com Kalil e Silveira no município. A região é conhecida pela importância das instalações industriais.

Durante a entrevista, o petista ressaltou que “o Brasil precisa voltar a ser um país industrializado” e mencionou Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro como estados prejudicados nesse setor nos últimos anos.

A agenda de Lula dá força para a candidatura de Kalil, que segue atrás de Romeu Zema (Novo) nas pesquisas de intenção de voto. Levantamento divulgado pelo Datafolha na quinta-feira 22 mostrou o aliado de Lula com 28%, diante de 48% de Zema. Em geral, as sondagens apontam desempenho pior de Kalil no interior do estado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo