Política

Lula reafirma intenção de lançar Fernando Haddad ao governo de SP

Ex-presidente também criticou o governo Bolsonaro: ‘A gente não pode aceitar a ideia de que os milicianos vão resolver os problemas’

Lula reafirma intenção de lançar Fernando Haddad ao governo de SP
Lula reafirma intenção de lançar Fernando Haddad ao governo de SP
Foto: Reprodução
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou a intenção de lançar Fernando Haddad como candidato a governador de São Paulo. A confirmação foi dada em discurso durante um encontro com líderes de movimentos de populações do campo, das águas e das florestas nesta sexta-feira 15.

Ao cumprimentar parlamentares e lideranças do Partido dos Trabalhadores presentes no encontro, Lula dirigiu a palavra a Haddad, a quem chamou de melhor ministro da Educação que o Brasil já teve, e confirmou a intenção de lançar seu nome ao governo.

“Nosso querido companheiro prefeito de São Paulo, candidato a presidente em 2018, o mais importante ministro da Educação que o País já teve e, se tudo der certo como as águas estão mostrando, poderá ser o futuro governador de São Paulo”, disse Lula. “Nunca duvidem da capacidade de luta de um professor”, acrescentou após a confirmação.

O evento, alusivo ao Dia Mundial da Alimentação, foi marcado ainda por discursos e denúncias contra a fome, que passou a atingir mais de 19 milhões de brasileiros desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder.

Para Lula, enquanto o atual governo estiver à frente do País, o Brasil não irá superar os problemas que tem enfrentado, como desemprego, inflação e retrocesso nas políticas ambientais.

“A gente não pode aceitar a ideia de que os milicianos vão resolver os problemas deste País. Não é apenas a fome de comida, é a fome de muitas coisas que faltam neste País para se transformar numa nação”, destacou o ex-presidente.

Sem tratar oficialmente de uma candidatura, Haddad também discursou e atribuiu a Bolsonaro a responsabilidade pela volta da fome no Brasil.

“[Bolsonaro] vem falar que defende a família e joga as famílias nas ruas? Hoje o Brasil está alimentando o mundo e matando seu povo de fome. Está dolarizando o preço do alimento e o povo ganha em real e nem reajuste da inflação é garantido. Essa vergonha tem que acabar”, destacou o ex-ministro.

Discurso semelhante foi feito por Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidenta do PT, que questionou as tentativas de Bolsonaro em se afastar da responsabilidade pela crise que atravessa o Brasil atualmente.

“Nós temos um presidente que nunca é responsável por nada. A responsabilidade do preço da gasolina não é dele, do preço dos alimentos não é dele, do custo de vida não é dele, do desabastecimento não é dele. Não sei o que ele faz lá, ele deveria sair e a gente poder entregar este Brasil para quem sabe governar e conhece a história do povo”, afirmou a deputada.

No discurso, as lideranças do partido também minimizaram a busca pela chamada terceira via. Sobre o tema, o deputado Bohn Gass, que comanda a bancada do PT na Câmara, afirmou que não há outras vias a serem consideradas neste momento.

“Não tem debate de segunda ou de terceira via, o nosso debate é a primeira via, a via da democracia, do respeito, da participação, é a via do Lula. O povo, o Brasil e a esquerda do mundo precisam de Lula presidente”, explicou Bohn Gass.

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