Lula: Não é razoável Bolsonaro tirar proveito político dos atos do 7 de Setembro

Não vamos resolver o problema do Brasil com o governo colocando militares na rua, afirmou o ex-presidente

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quinta-feira 26 a liberdade do povo em se manifestar no dia 7 de setembro. Na Bahia, dando sequência a caravana que faz pelo nordeste, o petista minimizou a preocupação com os atos em favor do atual governo, mas criticou o uso político que Jair Bolsonaro fará do Exército no dia.

“A gente não tem que se preocupar quando o povo se manifesta. É um direito democrático do povo se manifestar. O povo pode se manifestar para aplaudir um candidato, pra aplaudir um governador, um prefeito, um político”, afirmou Lula.

Quando questionado pelos jornalistas da preocupação de um possível golpe militar, minimizou.

“O que vai acontecer no dia 7 é que o governo está tentando usar um desfile oficial, que já existe há quase 150 anos, para tentar tirar proveito político. Isso não é razoável. Não é pensável quando a gente tem que ter um governo que quer tratar o Exército como se fosse propriedade dele, quando o exército é uma instituição do estado brasileiro”, criticou. “Não vamos resolver o problema do Brasil com o governo colocando militares na rua”, acrescentou.

 


 

Na coletiva, o ex-presidente também atribuiu o retorno da fome ao Brasil e o aumento do desemprego à péssima gestão que Paulo Guedes tem feito no ministério da Economia. Lula afirmou que nenhuma das duas situações podem ser atribuídas à pandemia, pois ambas ocorreram antes mesmo da chegada do vírus ao País.

“A fome no brasil está demonstrada que é total responsabilidade do governo, não tem outro culpado”, disse. “E o problema do desemprego também não é por conta da pandemia, é por falta de investimento do governo federal”, acrescentou mais adiante.

Segundo explicou, no entanto, nenhuma das situações são irreversíveis, mas só serão resolvidas com ‘políticas públicas de inclusão social’ e ‘compromisso com o País’, fatores que, na visão do petista, não estão no radar do atual presidente.

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