Economia

Lula não deverá vetar taxação de 20% em compras de até U$ 50, diz Alckmin

Declaração foi concedida em entrevista à BandNews nesta sexta-feira 31

Lula não deverá vetar taxação de 20% em compras de até U$ 50, diz Alckmin
Lula não deverá vetar taxação de 20% em compras de até U$ 50, diz Alckmin
Vice-presidente Geraldo Alckmin. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O vice-presidente da República e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, acredita que o presidente Lula não vetará alíquota de 20% de imposto de importação nas compras de até U$ 50 dólares. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira 28, mas ainda aguarda apreciação no Senado.

A declaração foi concedida em entrevista à BandNews nesta sexta-feira 31.

“A proposta inicial era tributar as compras que vieram do estrangeiro, de até U$ 50 dólares, em 60% no imposto de importação sobre esses produtos. Com o argumento correto, de quem paga os impostos corretos no Brasil quer ter as mesmas condições com o que vem de fora para garantir empregos na indústria e no comércio”. Sobre a proposta, Alckmin reforça ter ocorrido um bom entendimento de não haver ‘nem 0% e nem 60%’, mas sim uma taxação justa de 20%.

Segundo ele, a nova alíquota atende parcialmente a indústria nacional. Com o novo texto, o vice-presidente prevê que não haja veto por parte do presidente à taxação das compras vindas de fora.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou, na quarta-feira 29, uma nota classificando como ‘insuficiente’ a alíquota de 20% sobre compra internacionais de até US$ 50.

As entidades empresariais, no comunicado, dizem ‘entender a dificuldade’ nas tratativas políticos para a nova tributação, mas consideram ‘insuficiente’ o acordo firmado entre o Executivo e os parlamentares.

Para a entidade, a taxa estabelecida pelos deputados não soluciona o problema da competitividade entre produtores nacionais e internacionais por, na prática, ainda ser menor do que a paga nas negociações de produtos brasileiros.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo