Política

Lula minimiza polarização e diz que disputa contra Bolsonaro ‘facilita’ seu projeto

Ex-presidente disse ainda que em breve conversará com Alckmin para ver se é possível construir uma chapa: ‘penso que será um benefício ao Brasil’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Fotos: Ricardo Stuckert e Evaristo Sá/AFP
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou nesta terça-feira 22 a polarização desenhada nas eleições presidenciais deste ano, entre ele e Jair Bolsonaro (PL). Segundo disse, esse embate entre dois lados é natural do processo eleitoral em qualquer lugar do mundo e o fato de ser contra o ex-capitão apenas ‘facilita’ seu projeto político neste momento. A análise foi feita em entrevista à rádio Som Maior, de Santa Catarina.

“Toda e qualquer política tem polarização. Você não pode imaginar que na França não tenha polarização, nos Estados Unidos tem polarização. A própria existência de eleição, pelo fato de ter mais de um partido, já é polarizada, sobretudo quando se tem dois candidatos ocupando o mesmo espaço na pesquisa de opinião pública”, respondeu Lula ao ser questionado sobre o tema.

“Então, é preciso parar com essa bobagem de que a polarização é ruim, ela significa que as pessoas estão vivas, têm lado e defendem aquilo que acreditam”, acrescentou o petista.

Na conversa, o petista diz preferir as disputas anteriores, com outros partidos e players, como o PSDB, por serem embates mais democráticas. No entanto, para Lula, enfrentar Bolsonaro não incomoda, pois facilitaria a sua recondução ao cargo para um terceiro mandato e a reconstrução de um País democrático.

“Eu preferia a polarização com o PSDB, com FHC ou com Alckmin, porque era um debate mais democrático. Mas o fato de ser contra Bolsonaro facilita porque a gente quer acabar com o fascismo e a gente precisa que ele saia do governo pra reconstruir a democracia e a economia”, explicou Lula.

Na conversa com os jornalistas, o ex-presidente também afirmou que em breve sentará com Geraldo Alckmin, que está prestes a se filiar ao PSB, para iniciar a composição de uma chapa para outubro deste ano.

“Eu estou convencido de que a gente construir essa chapa será um benefício muito grande para o país. Vamos ver se é possível construir, os partidos vão sentar e eu vou conversar com Alckmin e saber o que vai acontecer”, disse. “Se o Alckmin por acaso for o meu vice, penso que será um benefício ao Brasil e a gente fará um grande governo se ganhar as eleições”, completou em seguida.

Sobre uma eventual participação do Centrão em um novo governo, Lula repetiu que conversará com quem for eleito e tiver mandato a partir de 2023, sem distinções partidárias.

“Posso dizer que eu ou qualquer pessoa que for governar vai ter que conversar com os parlamentares eleitos. Você conversa com quem tem mandato, independentemente da posição ideológica deles”, respondeu ao ser questionado sobre os parlamentares do Centrão.

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