Política

Lula manda a PEC da Segurança Pública ao Congresso: ‘Ato histórico’

A proposta é alvo de questionamentos de governadores da oposição, uma vez que amplia as competências da PF

Lula manda a PEC da Segurança Pública ao Congresso: ‘Ato histórico’
Lula manda a PEC da Segurança Pública ao Congresso: ‘Ato histórico’
O presidente Lula (PT). Foto: EVARISTO SA / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) enviou nesta quarta-feira 23 ao Congresso Nacional a proposta de emenda à Constituição que altera o modelo do Estado no combate ao crime organizado. Trata-se, de acordo com ele, de um “ato histórico”.

A PEC da Segurança Pública é alvo de questionamentos de governadores da oposição, uma vez que amplia as competências da Polícia Federal sobre crimes de repercussão estadual e interestadual. Esse é o principal ponto da falta de consenso.

“O que nós queremos dizer ao povo brasileiro é que o governo federal assumiu definitivamente a responsabilidade de se colocar à disposição dos estados para que a gente possa cuidar da segurança do povo”, disse Lula em uma cerimônia no Palácio do Planalto.

O texto também define que a PF poderá realizar ações contra crimes ambientais e agir contra atos de organizações criminosas e milícias privadas. Lula disse, porém, que o governo federal não deseja “interferir na autonomia e na responsabilidade de cada Estado”.

Outros pontos de destaque são o Fundo Nacional de Segurança Pública e o Fundo Penitenciário. A ideia original do governo era unificá-los, mas a pressão de governadores e prefeitos fez com que os repasses continuassem separados. Segundo o texto, eles “serão compartilhados entre todos os integrantes da Federação, na forma da lei, vedado o seu contingenciamento”.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o principal objetivo do texto é “estabelecer diretrizes gerais tanto na segurança pública quanto na questão do sistema penitenciário”. Ele também disse que as normas não foram “tiradas do bolso” e que haverá um amplo debate com deputados e senadores sobre a PEC.

A mesma premissa foi mencionada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que destacou a pluralidade do Congresso Nacional. Segundo ele, o tema terá completa prioridade e será apreciado na Comissão de Constituição e Justiça já na semana que vem.

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse que a proposta é um marco histórico para o País, já que, segundo ele, é a primeira vez que um governo olha para o problema do crime organizado como prioridade.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo