Política
Lula lidera em todos os cenários para 2026, segundo a Quaest
A pesquisa mostra que o presidente está abrindo vantagem sobre o preferido do Centrão, Tarcísio de Freitas


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é, a esta altura, favorito para seguir no cargo após as eleições de 2026, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira 9 pela consultoria Quaest em parceria com a Genial Investimentos. O levantamento tem Lula na liderança das intenções de votos em todos os cenários monitorados.
Com a indefinição na direita e extrema-direita, o petista tem vantagens confortáveis contra todos os nomes testados. Entre eles, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Inelegível e condenado à prisão, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi testado.
Nos cenários de primeiro turno montados pela Quaest, Lula tem entre 35 e 43 pontos percentuais. Bolsonaro aparece como o adversário mais competitivo, com 26 pontos. É possível perceber a fragmentação dos votos de candidatos de oposição ao atual governo.
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula tem vantagens que vão de nove pontos (contra Ciro) a 23 pontos percentuais (contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSD).
Vantagem sobre Tarcísio aumenta
Os últimos meses foram positivos para Lula no embate com Tarcísio de Freitas, o candidato preferido do Centrão e de parte da direita. Desde julho, quando aconteceu o anúncio do tarifaço de Donald Trump contra produtos brasileiros, a vantagem do presidente em um embate direto contra o governador aumentou de quatro para 12 pontos percentuais.
A Quaest ouviu 2.004 eleitores em 120 cidades brasileiras. As entrevistas foram realizadas entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.