Política
Lula exclui da Comissão de Anistia da ditadura militares nomeados por Bolsonaro
Os militares bolsonaristas que integravam o órgão pretendiam reverter o entendimento de que houve perseguição contra militantes de esquerda


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou novos integrantes da Comissão de Anistia e afastou militares indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do colegiado.
Os militares bolsonaristas que integravam o órgão pretendiam reverter o entendimento de que houve perseguição política contra militantes da esquerda durante a ditadura.
Foram excluídos da composição da Comissão nomes como o do general Rocha Paiva, amigo do coronel Brilhante Ustra, apontado como torturador do Doi-Codi de São Paulo e elogiado por Bolsonaro em diversas ocasiões. O ex-integrante do colegiado chegou a definir Ustra como um “herói”.
Criada em 2002, a Comissão analisa pedidos de reparação de perseguidos políticos pelo Estado, entre os anos de 1946 e 1988.
Sob a gestão do ex-capitão, a Comissão negou indenização de anistia política a ex-presidente Dilma Rousseff, torturada por Ustra. O caso deve ser analisado pela nova formação do órgão.
Os novos nomes foram escolhidos pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
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