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Lula e presidentes do Chile, Espanha, Uruguai e Colômbia divulgam carta conjunta em defesa da democracia

Líderes reafirmam compromisso com as instituições democráticas e rejeitam ameaças autoritárias e intervenções externas

Lula e presidentes do Chile, Espanha, Uruguai e Colômbia divulgam carta conjunta em defesa da democracia
Lula e presidentes do Chile, Espanha, Uruguai e Colômbia divulgam carta conjunta em defesa da democracia
Créditos: Ricardo Stuckert / PR
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Às vésperas da Reunião de Alto Nível “Democracia Sempre”, que será realizada na segunda-feira 21 na capital chilena, os presidentes de Brasil, Chile, Espanha, Uruguai e Colômbia divulgaram uma carta conjunta em que reafirmam o compromisso com a defesa das instituições, dos direitos fundamentais e do multilateralismo.

Assinado por Lula, Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Yamandú Orsi (Uruguai) e Gustavo Petro (Colômbia), o documento destaca que a democracia vive um momento de “grandes desafios”, marcado pela erosão institucional, o avanço de discursos autoritários, a propagação da desinformação e o crescimento da desconfiança dos cidadãos em relação ao Estado.

Não basta evocar a democracia nem falar em seu nome: devemos fortalecê-la, renová-la e torná-la significativa para aqueles que sentem suas promessas não cumpridas”, afirmam os líderes.

“A história nos demonstrou repetidamente que a democracia é o melhor caminho possível para garantir a paz e as oportunidades para todos”, dizem os presidentes, acrescentando que “defender a democracia nestes tempos difíceis não é apenas resistir e proteger, mas propor e seguir avançando”.

Brasil x Trump

A divulgação da carta ocorre em um momento de tensão diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos, após a revogação de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal, incluindo Alexandre de Moraes, por decisão do governo norte-americano. A medida foi criticada pelo presidente Lula, que classificou a ação como uma tentativa de intimidação e um desrespeito à soberania brasileira.

Embora a carta não mencione diretamente o episódio, o documento reforça a posição dos países signatários contra interferências externas em assuntos internos e reafirma a legitimidade das instituições democráticas locais.

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