Política

Lula descarta intervenção das Forças Armadas no Rio: ‘Enquanto eu for presidente, não tem GLO’

Apesar de não aceitar uma intervenção, Lula afirmou que militares serão autorizados a patrulhar aeroportos e portos em busca de contrabandos e drogas no estado

Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Lula (PT) tornou a descartar a promoção de uma intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro. Na declaração, ele estendeu sua negativa também a outros estados.

“Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandidos, não é esse o papel das Forças Armadas. Enquanto eu for presidente, não tem GLO”, disse Lula durante um café com jornalistas nesta sexta-feira 27, no qual CartaCapital esteve presente. “Eu fui eleito para governar esse País e vou governar esse País”, completou.

Apesar de descartar a intervenção via Garantia da Lei e da Ordem, o presidente afirmou que seu governo não ficará ausente durante a crise de violência no Rio. Para isso, explicou, militares serão autorizados a patrulhar aeroportos e portos em busca de contrabandos e drogas. Ele cita, ainda, a participação da Polícia Federal ‘com informações’.

“A PF tem que investir em inteligência, identificando as pessoas e prendendo as pessoas. Mas a gente não vai fazer nenhuma intervenção como já foi feita pouco tempo atrás, em que se gastou uma fortuna com Exército no Rio de Janeiro e não resolveu nada”, insistiu aos jornalistas.

Na conversa, Lula explicou que sua posição em não promover uma participação de militares ou agentes federais em operações da polícia fluminense se deve aos poucos resultados efetivos dessa ação.

“Quando faz intervenção abrupta os bandidos tiram férias e voltam ao final. Nós não queremos isso”, explicou Lula ao insistir que a ajuda federal seguiria uma lógica ‘mais técnica’ e ‘dentro dos limites constitucionais’.

Lula aproveitou o tema para pregar em favor de um ‘resgate institucional’ das Forças Armadas. Para isso, disse esperar a aprovação do Congresso no projeto que impede a candidatura de militares da ativa em cargos eletivos.

“O que estamos tentando mostrar para a sociedade brasileira é que militar não é melhor do que civil e civil não é melhor do que militar. Cada um tem sua função, na sua instituição, e o que queremos é que as Forças Armadas cumpram sua função constitucional”.

“Ele tem uma escolha, se quiser fazer política, renuncia ao posto e vai ser candidato. Mas enquanto for militar, vamos evitar que ele faça política”, finalizou.

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