Política

Lula defende previsibilidade nos preços de combustíveis: ‘Não dá para ser pego de surpresa’

Essa foi uma das demandas apresentadas pela CNT; a confederação apontou que os aumentos sucessivos dos combustíveis impedem que o setor invista em frotas e melhorias

Lula defende previsibilidade nos preços de combustíveis: ‘Não dá para ser pego de surpresa’
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Durante participação em um encontro promovido pela Confederação Nacional do Transporte nesta quinta-feira 28, em Brasília, o ex-presidente Lula (PT) ouviu reivindicações do setor quanto à previsibilidade da política de preços praticada pela Petrobras.

O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, argumentou que os sucessivos aumentos dos combustíveis impedem que o setor de transporte opere com investimentos e melhorias.

“É preciso previsibilidade. As sucessões de aumentos dificultam a renegociação de contratos, o que faz com que o transporte perca capacidade de investir em frotas e melhorar sua infraestrutura”, expôs o empresário ao apresentar ao petista o estudo O transporte move o Brasil, propostas da CNT ao Brasil.

Lula, que esteve acompanhado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do coordenador do programa de governo, Aloizio Mercadante, concordou com a avaliação de Batista. “Não dá para ser pego de surpresa a cada dia que você levanta, diferente daquilo que foi acordado”, disse, ao emendar que as respostas passam por ‘previsibilidade, credibilidade e estabilidade política, econômica e jurídica’.

O petista criticou a condução de políticas de transporte no País. “Alimentei o sonho de que o Brasil seria um grande exportador de biodiesel para o mundo, e a gente ainda percebe que não está utilizando a quantidade que pode. Não conseguimos fazer os avanços necessários, a indústria naval acabou, a expansão das ferrovias e rodovias andaram menos do que poderiam.”

“Vamos ter que começar como se fosse um posto de gasolina: ‘o País está sob nova administração’.”

O candidato à Presidência ainda defendeu a participação do Estado e a destinação de recursos para diversos setores, além do transporte.

“Eu não defendo um Estado de empresário, mas um Estado indutor. Se o Estado não entra, não tem solução. Se nós tivermos que fazer com que este País tenha infraestrutura para dar o salto de qualidade com que todos sonhamos, temos que fazer o dinheiro aparecer, e ele existe. Acontece que burocrata tesoureiro, do sindicato ou do grupo de futebol, tem o hábito de sentar em cima do dinheiro e dizer que não tem dinheiro para nada. Ele adora dizer que tem dinheiro em caixa. E, para mim, dinheiro em caixa bom é transformado em obra, em rodovia, ferrovia, portos, aeroportos, transformados em empregos, e é isso que vamos fazer.”

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