Política

Lula defende PEC da Segurança e diz que governo não vai permitir ‘república de ladrões de celular’

A proposta busca ampliar a participação da União, por meio da integração entre as polícias estaduais e as federais

Lula defende PEC da Segurança e diz que governo não vai permitir ‘república de ladrões de celular’
Lula defende PEC da Segurança e diz que governo não vai permitir ‘república de ladrões de celular’
O presidente Lula. Foto: Evaristo Sa/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) exaltou nesta quarta-feira 19 a importância PEC da Segurança, proposta do governo para combater o crime organizado. Segundo o presidente, o governo não vai permitir que a “república de ladrões de celular” assustem as pessoas nas ruas.

Segundo Lula, a ideia da PEC é auxiliar os governadores e prefeitos a “dizer que o estado é mais forte que os bandidos”. “Nós vamos ter que enfrentar a violência sabendo que vamos ter que enfrentar o crime organizado. E não é o estado sozinho, é o estado, é o município e é o governo federal. Porque não vamos permitir que os bandidos tomem conta do nosso País”, disse durante a inauguração do Hospital Universitário do Ceará.

Atualmente, o governo federal é responsável por ações de defesa nacional (Forças Armadas), enquanto a maior parte das atribuições de segurança cabe aos governos estaduais, com suas polícias civis e militares. A PEC, contudo, deseja ampliar a participação da União, por meio da integração entre as polícias estaduais e as federais.

O texto elaborado pelo Ministério da Justiça deve ser enviado para análise do Congresso na próxima semana. Ele altera a redação dos artigos 21, 22, 23 e 24 da Constituição, que tratam das competências da União, privativas ou em comum com os estados, os municípios e o Distrito Federal, e muda o artigo 144, sobre os órgãos que cuidam da segurança pública em todo o País.

Na prática, com a proposta, o governo pretende dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública, o Susp, criado por lei ordinária em 2018, e levar à Constituição a previsão do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário.

O texto também amplia as atribuições da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que passaria a ser chamar Polícia Viária Federal, abrangendo o patrulhamento ostensivo de rodovias, ferrovias e hidrovias federais.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo