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Lula defende atenção à saúde mental de crianças nas escolas: ‘Temos de esperar um crime?’
O presidente destacou que os ataques estão ligados à segurança pública, à estrutura familiar e ao incentivo à violência
Ao tratar dos recentes casos de violência em escolas do País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou a atenção para a saúde mental das crianças. A declaração foi concedida na reunião entre chefes dos Três Poderes, ministros e governadores no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta terça-feira 18.
“Nós temos que pensar em analisar a saúde mental dessas crianças dentro da escola”, afirmou Lula. “Por que a criança não pode ser seguida pelos médicos quando começa a entrar na escola, para ver o comportamento dela? Nós temos que esperar ter um crime para acontecer isso?”
O presidente destacou que os ataques às escolas estão, simultaneamente, ligados à segurança pública, à estrutura familiar e ao incentivo à violência. Segundo Lula, o problema deve ser enfrentado por meio de ações articuladas entre os entes federativos. “É uma tarefa que envolve a saúde municipal, a saúde estadual e a saúde federal.”
Ele aproveitou, ainda, para agradecer às polícias estaduais pelas medidas adotadas após os casos recentes. “É preciso envolver todo mundo, ninguém pode ficar fora”, afirmou.
Sobre o ataque realizado em uma creche de Blumenau (SC), no qual quatro crianças morreram, Lula se disse “profundamente chocado” e observou ser necessário “estar consciente de que isso acontece fora das escolas, todos os dias”.
André Lucena
Redator de CartaCapital baseado em Buenos Aires
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