Lula decide adiar a troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino no Turismo

O governo usa como justificativa o calendário de votações de impacto na Câmara dos Deputados

A ex-ministra do Turismo Daniela Carneiro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O presidente Lula não formalizará nesta quinta-feira 6 a troca de Daniela Carneiro (União-RJ) por Celso Sabino (União-PA) no comando do Ministério do Turismo.

Após uma reunião no Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou que Daniela continua no cargo.

“O governo tem uma atenção especial para acompanhar a conclusão das votações que estão acontecendo no Congresso”, disse Pimenta, em referência à reforma tributária, ao projeto de lei do Carf e ao arcabouço fiscal.

O ministro mencionou a complexidade das matérias em tramitação na Câmara e afirmou ser “mais adequado” aguardar as votações para, a partir da semana que vem, “se debruçar no debate que envolve os demais partidos e organizações dentro do governo”.

A expectativa era que Daniela entregasse uma carta de demissão a Lula. Ela também convidou servidores da pasta para uma cerimônia na sede da pasta, às 17h.

“A ministra de Estado do Turismo, Daniela Carneiro, convida a todos os servidores, funcionários e colaboradores do Ministério do Turismo para comparecerem hoje, dia 06 de julho às 17h no auditório do subsolo do Ministério do Turismo”, diz o texto do convite.


Escolhida após articular o apoio ao petista na Baixada Fluminense no segundo turno, Daniela está em vias de deixar o União e se filiar a outra legenda – possivelmente o Republicanos, embora seu presidente, Marcos Pereira, negue a intenção de compor a base do governo.

Sabino, por sua vez, é aliado do presidente do União, Luciano Bivar, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Aliados do deputado esperam a concretização da troca desde junho, mas a definição tem sido adiada. O governo usou as viagens internacionais de Lula como uma justificativa para postergar a mudança.

Desde então, o presidente busca uma forma de, ao mesmo tempo, contemplar o União Brasil em busca de mais votos na Câmara e não desagradar por completo o grupo político de Daniela e de seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos).

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