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Lula critica sanções e defende diálogo entre Maduro e oposição em telefonema com o premiê do Canadá

O petista também relembrou a Justin Trudeau o reconhecimento de Juan Guaidó como suposto presidente venezuelano

Lula critica sanções e defende diálogo entre Maduro e oposição em telefonema com o premiê do Canadá
Lula critica sanções e defende diálogo entre Maduro e oposição em telefonema com o premiê do Canadá
O presidente Lula e o premiê canadense, Justin Trudeau, em maio de 2023. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Lula (PT) conversou nesta terça-feira 13 com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, sobre a eleição presidencial na Venezuela. O petista afirmou haver um histórico de erros da comunidade internacional, como a imposição de sanções a Caracas e o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente em 2019.

Segundo o Palácio do Planalto, Trudeau expressou apoio à postura do governo brasileiro em prol da transparência do processo eleitoral venezuelano.

“O mais importante é mantermos a América do Sul livre de conflitos, com prosperidade e harmonia”, disse Lula, de acordo com o Planalto, ao enfatizar a importância do diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia.

Em uma plataforma na internet, a oposição sustenta que González teria vencido Maduro por 67% a 30%. Por outro lado, o Conselho Nacional Eleitoral ratificou a vitória do chavista por 51,9% a 43% dos votos.

No telefonema com Trudeau, Lula ainda exaltou os esforços de Brasil, Colômbia e México em relação à Venezuela. Na semana passada, os três governos publicaram o segundo comunicado conjunto, no qual cobram a divulgação das atas da eleição e destacam que as soluções para o atual impasse devem partir dos próprios venezuelanos, não de outros países.

Segundo o trio, a verificação imparcial dos resultados significa respeito à soberania popular. Com as ruas em ebulição na Venezuela, os governos também instam os atores políticos e sociais a exercerem “máxima cautela e moderação em manifestações e eventos”, ao mesmo tempo em que exigem das forças de segurança venezuelanas a garantia ao exercício do direito de protestar.

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