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Lula confirma a revogação de visto de Lewandowski, ministro da Justiça do Brasil, pelos EUA

A sanção já vinha sendo alardeada por bolsonaristas nos últimos dias, mas ainda não havia sido confirmada pelo governo brasileiro

Lula confirma a revogação de visto de Lewandowski, ministro da Justiça do Brasil, pelos EUA
Lula confirma a revogação de visto de Lewandowski, ministro da Justiça do Brasil, pelos EUA
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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O presidente Lula (PT) confirmou, nesta terça-feira 26, que o governo dos Estados Unidos revogou o visto do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A decisão foi classificada como “irresponsável” pelo brasileiro.

“Queria dizer ao companheiro Lewandowski a minha solidariedade e da solidariedade do governo a você por conta do gesto irresponsável dos Estados Unidos de cassar seu visto”, disse Lula durante uma reunião ministerial, em Brasília.

A revogação do visto de Lewandowski já vinha sendo alardeada pelo bolsonarismo ao longo dos últimos dias, mas ainda não havia sido confirmada pelo governo. Além dele, membros ligados ao clã Bolsonaro citam a mesma sanção contra Rodrigo Pacheco (PSD), ex-presidente do Senado. Não há, no entanto, confirmação sobre o caso do senador, que ainda não se pronunciou sobre o tema.

A decisão do governo de Donald Trump de revogar o visto do ministro da Justiça do Brasil ocorre poucos dias após o país cassar as autorizações de entrada em território norte-americano de outras autoridades brasileiras.

Os primeiros afetados foram ministros do Supremo Tribunal Federal, entre eles Alexandre de Moraes. Na ocasião, a gestão do magnata sustentou que revogou os vistos de aliados do ministro relator dos casos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como forma de pressionar pelo fim das ações contra o ex-capitão, classificadas como ‘caça as bruxas’ pelo político. Os outros membros da Corte afetados pela decisão do governo dos EUA são Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Edson Fachin, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.

Mais tarde, foi a vez de membros do Ministério da Saúde ligados ao programa Mais Médicos por, supostamente, apoiarem o regime cubano. A ação afetou, inicialmente, secretários da pasta e, mais tarde, familiares do próprio ministro Alexandre Padilha. O chefe da pasta já estava com o visto vencido desde o ano passado.

Lula, ao tratar do caso Lewandowski, disse considerar as revogações como ‘inaceitáveis’. “Essas atitudes são inaceitáveis não só contra o Lewandowski, mas contra os ministros da Suprema Corte ou contra qualquer personalidade brasileira.”

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