Política

Lula compara Serra a Jânio Quadros e Collor

Em comício ao lado de Haddad, ex-presidente voltou a lembrar a renúncia de Serra da prefeitura

Dilma, Lula, Haddad, Temer e Marta durante o comício. Foto: Divulgação
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou neste sábado 20, durante comício da campanha de Fernando Haddad (PT), o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, a dois ex-presidentes da República que não completaram seus mandatos – Jânio Quadros (1961) e Fernando Collor (1990-1992).

“Esse país teve uma vez um politico (Jânio Quadros) que falava como esse (Serra) está falando agora. Falava contra a corrupção toda hora”, disse Lula em comício no ginásio do Canindé. O ex-presidente lembrou o auto-golpe de Jânio em 1961, quando o então presidente deixou a presidência alegando a pressão de “forças ocultas” e fez um paralelo com a trajetória de Serra. “Esse cidadão que concorre também queria ser prefeito, jurava amor ao povo da Mooca, jurava amor ao povo de São Paulo. Ele não aguentou a primeira enchente e caiu fora para ser candidato ao governo. E não conseguiu ficar, porque o bicho tem uma sede de poder inigualável. Não se contentou em ser governador, queria a presidência”, disse Lula.

Após comparar Serra a Jânio, Lula lembrou de Collor, que saiu da presidência em 1992 ao sofrer um processo de impeachment. “(Collor) não foi prefeito, não foi governador e não foi presidente. Não conseguiu cumprir o mandato, e as pessoas deveriam aprender a tomar vergonha e cumprir o mandato.”

Petistas pedem cuidado com “sapato alto”

Em seu discurso, Lula lembrou das eleições municipais de 1985, quando o então candidato à prefeitura, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tirou um foto sentado na cadeira de prefeito durante a campanha eleitoral. FHC, ao contrário do que indicavam as pesquisas, foi derrotado por Jânio. Lula disse que o PT não pode cometer o mesmo erro e não deve considerar a eleição ganha. Haddad aparece com 16 e 17 pontos porcentuais à frente de Serra segundo as pesquisas do Ibope e do Datafolha, respectivamente.

Haddad também pregou a humildade entre os petistas na última semana de campanha. “Nós temos chances concretas de ganhar essa eleição se a gente não cometer um erro. Que é o erro de achar que a eleição está ganha uma semana antes da eleição. Este é o único erro que nós podemos cometer”, disse Haddad. “Há um adversário que entra em campo na última semana, e quem é de partido progressista sabe quem é. O adversário é a mentira.”

O candidato petista criticou o programa de governo tucano divulgado na última semana, dizendo que ele era vago e não tinha metas claras. “Ninguém aqui é capaz de dizer o que o Serra prometeu para a cidade de São Paulo”.

Dilma: governo federal precisa da prefeitura

A presidenta Dilma Rousseff foi a última a discursar. Ela comparou sua trajetória nas eleições de 2010 com a de Haddad, afirmando que sofreu críticas semelhantes antes de conseguir a vitória. “Disseram que eu era um poste e insinuaram que eu faria um governo sem responsabilidade”.

A presidenta também afirmou que a eleição de Haddad seria importante para a prefeitura trabalhar junto com a presidência da República. “Nós somos um partido que não persegue ninguém. Nós jamais olhamos qual a cor da camisa do prefeito ou governador. Sempre, em todas as circunstâncias, garantimos recursos”, diz Dilma.

“Mas o governo federal precisa da prefeitura. E a prefeitura precisa do governo federal. E é muito bom quando a gente pode trabalhar com pessoas comprometidas com o Minha Casa, Minha Vida, que não chama o Bolsa Família de bolsa-esmola e sobretudo, uma pessoa que não é raivosa”.

O evento teve a presença, entre outros, do vice-presidente Michel Temer (PMDB), de sete ministros de Dilma, do senador Eduardo Suplicy (SP) e do candidato derrotado à prefeitura e agora apoiador de Haddad, Gabriel Chalita (PMDB).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou neste sábado 20, durante comício da campanha de Fernando Haddad (PT), o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, a dois ex-presidentes da República que não completaram seus mandatos – Jânio Quadros (1961) e Fernando Collor (1990-1992).

“Esse país teve uma vez um politico (Jânio Quadros) que falava como esse (Serra) está falando agora. Falava contra a corrupção toda hora”, disse Lula em comício no ginásio do Canindé. O ex-presidente lembrou o auto-golpe de Jânio em 1961, quando o então presidente deixou a presidência alegando a pressão de “forças ocultas” e fez um paralelo com a trajetória de Serra. “Esse cidadão que concorre também queria ser prefeito, jurava amor ao povo da Mooca, jurava amor ao povo de São Paulo. Ele não aguentou a primeira enchente e caiu fora para ser candidato ao governo. E não conseguiu ficar, porque o bicho tem uma sede de poder inigualável. Não se contentou em ser governador, queria a presidência”, disse Lula.

Após comparar Serra a Jânio, Lula lembrou de Collor, que saiu da presidência em 1992 ao sofrer um processo de impeachment. “(Collor) não foi prefeito, não foi governador e não foi presidente. Não conseguiu cumprir o mandato, e as pessoas deveriam aprender a tomar vergonha e cumprir o mandato.”

Petistas pedem cuidado com “sapato alto”

Em seu discurso, Lula lembrou das eleições municipais de 1985, quando o então candidato à prefeitura, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tirou um foto sentado na cadeira de prefeito durante a campanha eleitoral. FHC, ao contrário do que indicavam as pesquisas, foi derrotado por Jânio. Lula disse que o PT não pode cometer o mesmo erro e não deve considerar a eleição ganha. Haddad aparece com 16 e 17 pontos porcentuais à frente de Serra segundo as pesquisas do Ibope e do Datafolha, respectivamente.

Haddad também pregou a humildade entre os petistas na última semana de campanha. “Nós temos chances concretas de ganhar essa eleição se a gente não cometer um erro. Que é o erro de achar que a eleição está ganha uma semana antes da eleição. Este é o único erro que nós podemos cometer”, disse Haddad. “Há um adversário que entra em campo na última semana, e quem é de partido progressista sabe quem é. O adversário é a mentira.”

O candidato petista criticou o programa de governo tucano divulgado na última semana, dizendo que ele era vago e não tinha metas claras. “Ninguém aqui é capaz de dizer o que o Serra prometeu para a cidade de São Paulo”.

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A presidenta Dilma Rousseff foi a última a discursar. Ela comparou sua trajetória nas eleições de 2010 com a de Haddad, afirmando que sofreu críticas semelhantes antes de conseguir a vitória. “Disseram que eu era um poste e insinuaram que eu faria um governo sem responsabilidade”.

A presidenta também afirmou que a eleição de Haddad seria importante para a prefeitura trabalhar junto com a presidência da República. “Nós somos um partido que não persegue ninguém. Nós jamais olhamos qual a cor da camisa do prefeito ou governador. Sempre, em todas as circunstâncias, garantimos recursos”, diz Dilma.

“Mas o governo federal precisa da prefeitura. E a prefeitura precisa do governo federal. E é muito bom quando a gente pode trabalhar com pessoas comprometidas com o Minha Casa, Minha Vida, que não chama o Bolsa Família de bolsa-esmola e sobretudo, uma pessoa que não é raivosa”.

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