Política

‘Como resolve a briga? Apresenta a ata’, diz Lula sobre as eleições na Venezuela

O presidente endossou a posição do Itamaraty, que cobra a gestão Maduro das atas das seções de votação, mas disse crer que o processo foi ‘normal’

‘Como resolve a briga? Apresenta a ata’, diz Lula sobre as eleições na Venezuela
‘Como resolve a briga? Apresenta a ata’, diz Lula sobre as eleições na Venezuela
Brasília (DF), 03/07/2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024/2025. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O presidente Lula (PT) se pronunciou nesta terça-feira 30 pela primeira vez sobre as eleições na Venezuela. O pleito tem sido questionado pela comunidade internacional, que acusa Nicolás Maduro de falta de transparência.

Lula reforçou a posição do Itamaraty, que cobra a gestão Maduro das atas com detalhes sobre a votação.

“É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, disse.

As declarações do presidente foram no Palácio da Alvorada, em entrevista à TV Centro América, afiliada da TV Globo em Mato Grosso.

“Na hora que tiver apresentado as atas, e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela^, completou o presidente.

A reeleição de Maduro tem sido questionada pela comunidade internacional. A oposição reivindica ter vencido com 73% dos votos, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirma que as urnas registram 51% dos votos para Maduro, ante 44% de González.

A Organização dos Estados Americanos (OEA), por exemplo, não reconheceu o resultado das eleições. Em comunicado divulgado nesta terça-feira 30, a entidade apontou que há indícios de que Nicolás Maduro, que foi declarado vitorioso pelas autoridades eleitorais do país, distorceu o resultado do pleito.

Para a OEA, o atraso na divulgação dos resultados, que culminou em uma declaração sem informações detalhadas das mesas de votação, contribuiu para as suspeitas.

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