Lula celebra apoio de economistas do Plano Real: ‘Sabem que sou a garantia do exercício democrático’

O petista classificou como 'loucura' a cobrança pela indicação de seu ministério antes de vencer Bolsonaro no 2º turno

O ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert

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O ex-presidente Lula (PT) comemorou, nesta quinta-feira 6, o apoio à sua candidatura anunciado por economistas que trabalharam com outros governos. Entre eles estão cinco responsáveis pela criação do Plano Real: André Lara Resende, Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Pérsio Arida.

Lula participou de evento em São Paulo no qual recebeu o endosso de lideranças do PSD. Marcaram presença, entre outros, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; os senadores Alexandre Silveira (MG), Carlos Fávaro (MT) e Otto Alencar; e os deputados Marcelo Ramos (AM) e Pedro Paulo (RJ).

O petista foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de indicar ministros antes mesmo de vencer a eleição. Setores do “mercado” cobram, por exemplo, a confirmação do nome responsável pela Economia em um eventual novo governo Lula.

“Já fui candidato a presidente em 89, 94, 98, 2002, 2006… Nunca ninguém me pediu para indicar ministério antes. É loucura alguém imaginar que você pode indicar um time antes. Se eu tenho 10 economistas aqui e indico um, vou perder nove. Que loucura é essa?”, respondeu o ex-presidente. “Quando eu ganhar as eleições, vou montar o governo, não apenas com meus aliados. Tem gente de fora que vai participar.”

Ele afirmou, no entanto, ser motivo de felicidade ver “economistas importantes, que trabalharam com Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e José Sarney, dedicando voto à minha candidatura”.

“Essas pessoas sabem que sou a garantia do exercício democrático neste País e que meu adversário não é. Quem quiser conhecer meu ministério vai ter de esperar, primeiro, eu ganhar as eleições.”


No evento desta quinta, Lula também se manifestou sobre a sua relação com setores em que predomina o apoio a Jair Bolsonaro (PL): o agronegócio e o eleitorado evangélico.

“Vou tratar o agronegócio bem, porque o agronegócio faz bem ao Brasil, às nossas exportações e à alimentação do nosso povo, da mesma forma que vou tratar bem a agricultura familiar. E respeito todas as religiões. Cada um professa sua fé do jeito que acredita e do jeito que quer. Eu não me intrometo. O papel do Estado é garantir liberdade religiosa”, afirmou.

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