O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira 5, que visitará a Guiana no próximo ano.
O anúncio foi feito em um momento de tensão entre o país vizinho e a Venezuela, que pretende anexar a região de Essequibo, a oeste da Guiana.
A viagem seria para a participação da reunião dos países do CARICOM, bloco de cooperação econômica e política, criado em 1973, formado por ex-colônias dos países europeus.
“Essa é minha última viagem ao exterior. O ano que vem tenho duas viagens que eu quero fazer, uma é para uma reunião na União Africana, dos 54 países da África, que vai ser em Addis Ababa, na Etiópia. A outra é na Guiana, uma reunião dos países do CARICOM. Essas eu quero participar, porque coisa que eu tenho interesse de falar é sobre democracia, sobre sistema ONU, sobre financiamento. O restante dos 365 dias se preparem, porque eu vou percorrer o Brasil”, afirmou Lula.
Na segunda-feira 4, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro afirmou que recuperaria a região de Essequibo, após o referendo realizado no último domingo aprovar a anexação.
O território, que faz parte da Guiana, é rico em petróleo e tem sido reivindicado há um século por Caracas.
Ainda que um conflito armado entre os dois países seja improvável, o governo brasileiro enviou 20 blindados para a região fronteiriça com os dois países, em Pacairama, em Roraima.
Os veículos militares já estavam sendo deslocados para a área para auxiliar nas operações contra o garimpo ilegal, mas as Forças Armadas se prepararam para reforçar a presença no local.
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