Diversidade
Lula anuncia investimento de R$ 6 bilhões em novo programa para pessoas com deficiência
Encabeçado pelo Ministério dos Direitos Humanos, o plano conta com 95 ações a serem executadas por 27 pastas


O presidente Lula (PT) assinou nesta quinta-feira 23 o decreto que institui o Novo Viver Sem Limite, programa voltado à promoção dos direitos das pessoas com deficiência.
Ao todo, são 95 ações iniciais formuladas pelo Ministério dos Direitos Humanos, a serem executadas em conjunto por 27 ministérios.
Lançado em 2011, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), o plano foi atualizado com medidas divididas em quatro eixos:
- gestão e participação social;
- enfrentamento ao capacitismo e à violência;
- acessibilidade e tecnologia assistida; e
- promoção do direito à educação, à assistência social, à saúde e aos demais direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais.
Na cerimônia, em Brasília, o presidente também assinou um decreto sobre a necessidade de acessibilidade nas edificações e outro que cria a Câmara Interministerial dos Direitos da PcD, responsável por avaliar e monitorar o plano com o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
O fomento de 6,5 bilhões de reais será dividido pelos próximos quatro anos.
Na área de saúde, a iniciativa projeta a criação de 90 policlínicas equipadas com mesas ginecológicas e mamógrafos acessíveis.
Na área de habitação e infraestrutura, deve haver renovação da frota de ônibus urbanos para veículos com acessibilidade nas cidades com mais de 150 mil habitantes.
Em trabalho e emprego, o programa prevê a promoção de 120 mil novos contratos de trabalho de pessoas com deficiência ou reabilitadas do INSS em empresas obrigadas a cumprir a Lei de Cotas.
Na educação, a iniciativa conta com a criação da Central Nacional de Interpretação da Língua Brasileira de Sinais, com oferta de serviço 24 horas de tradução e interpretação da língua.
Haverá, ainda, a formação de 63 mil professores e 106 mil gestores em educação especial na perspectiva inclusiva pela Rede Nacional de Formação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Tarcísio veta projeto que previa ônibus grátis para pessoas com deficiência em SP
Por CartaCapital
Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, indica o IBGE
Por Caio César
‘A política neoliberal transformou a deficiência em mercadoria’
Por Luana Tolentino
Brasil tem 22,2 milhões de idosos, aponta Censo do IBGE
Por Camila da Silva
Nação de idosos
Por Fabíola Mendonça