Política
Lira suspende retorno presencial na Câmara por tempo indeterminado
Com o funcionamento remoto, deputados indicam uma possibilidade menor de avanço de projetos polêmicos


O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), suspendeu por tempo indeterminado o retorno das sessões presenciais na Casa. O ato mantendo a deliberação remota foi publicado em edição extraordinária do Diário da Câmara dos Deputados no sábado, 5.
Inicialmente, o retorno das votações presenciais estava previsto para ocorrer após o feriado de carnaval. Agora, as votações remotas continuam. Nesse modelo, os parlamentares podem participar das sessões de forma presencial ou remota, inclusive quando votam em projetos.
Com o funcionamento remoto, deputados indicam uma possibilidade menor de avanço de projetos polêmicos. Além disso, a decisão libera os parlamentares para continuar em seus redutos políticos em ano eleitoral. Lira justificou o ato em função pandemia de Covid-19.
“Essa medida visa a diminuir a circulação de pessoas nas dependências desta Casa Legislativa, preservando a saúde não só dos parlamentares, mas também dos servidores e dos colaboradores considerando os efeitos da pandemia”, diz a decisão.
No Senado, as sessões continuam funcionando em um formato parecido, semipresencial. A diferença é que algumas decisões só podem ser deliberadas na Casa de forma presencial, como a indicação de autoridades para o Banco Central e agências reguladoras.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.