Política

Lira diz que, se eleito, será ‘independente, altivo e autônomo’

Candidato à presidência da Câmara com apoio de Jair Bolsonaro, deputado nega interferência do Planalto

Lira diz que, se eleito, será ‘independente, altivo e autônomo’
Lira diz que, se eleito, será ‘independente, altivo e autônomo’
O deputado Arthur Lira, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais Foto: Reprodução redes sociais
Apoie Siga-nos no

O candidato à presidência da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) afirmou nesta quinta-feira que ninguém vai influir no comando da Casa, caso seja eleito. A fala contradiz o presidente Jair Bolsonaro, que declara publicamente apoio à candidatura do parlamentar. Nesta quarta-feira, 27, após um café da manhã com deputados do PSL no Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo disse que, “se Deus quiser vai participar e influir na presidência da Câmara”.

Lira afirmou que, se eleito, será “independente, altivo, autônomo e harmônico”. “Eu não ouvi ninguém dizer que vai influir na presidência da Câmara. Influir na presidência da Câmara é diferente do que ele pode ter dito. Porque na presidência da Câmara ninguém influi”, disse ele nesta tarde ao chegar ao Congresso para uma reunião com a bancada do PP. “Eu não vou procurar briga ou insuflar qualquer tipo de discussão que não sejam as propostas deste período de eleição”, completou.

Mais cedo, o adversário de Lira na eleição para o comando da Casa, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), reclamou da interferência do Palácio do Planalto na disputa. Questionado sobre a declaração, Lira afirmou que não fez críticas sobre “interferência de governadores e da Câmara”. “Eu não estou vendo nenhum deputado publicamente assumir que está tendo interferência. Se vocês olharem no Diário Oficial do Estado de São Paulo, o diário oficial da Câmara, vocês vão ver interferência.”

Lira continuou e disse que não é momento de “baixar o nível da campanha”, já que as propostas dos dois candidatos já são conhecidas. “Cada um sabe o que fala e o que os deputados esperam. Os perfis já estão traçados, ninguém muda voto de ninguém numa altura desta. Cada um tem que terminar com a altivez necessária para saber que no dia 2 de fevereiro vamos precisar estar juntos para votar as pautas que o Brasil precisa.”

O candidato disse também que ainda trabalha para conseguir votos. “Só resta a mim fazer campanha. Mostrar que a gente pode fazer uma gestão diferente e acabar com o excesso de individualismo”.

Questionado sobre a possibilidade de ter apoio de parlamentares do DEM, ele afirmou que qualquer partido ainda pode se unir à sua candidatura, já que apenas ele tem um bloco posto até agora.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo