Lira diz que militares não darão golpe: ‘São conscientes e protetores da Nação’

'Nós temos que ter paciência, muita conversa. Mas é absolutamente normal o clima. Não há qualquer especulação nesse sentido'

Foto: Reprodução/TV Justiça

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O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), afastou as chances de qualquer tipo de ruptura democrática no País, seja por golpe militar ou impeachment. Em entrevista à GloboNews, o parlamentar defendeu a continuidade do mandato do presidente Jair Bolsonaro e minimizou as ameaças de militares ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal.

“São temas sensíveis. Eu acho que o impeachment é uma ruptura traumática no sistema democrático. Nós estamos a um ano das eleições. Nós defendemos as eleições”, disse Lira, que tem em mãos mais de 130 pedidos de impedimento protocolados na Câmara.

Sobre as ameaças dos militares, o deputado minimizou e disse que ele e seus colegas de Casa estão ‘absolutamente tranquilos’.

“Nós não acreditamos em nenhum tipo de ruptura da democracia do País. Os militares são conscientes, eles são protetores da Nação, e não de qualquer presidente”, justificou. “Nós temos que ter paciência, muita conversa. Mas é absolutamente normal o clima. Não há qualquer especulação nesse sentido”, completou.

Na entrevista, Lira também tratou das constantes crises entre os Poderes geradas por Bolsonaro. O deputado defendeu o diálogo, contemporizando os recentes episódios como o pedido de impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso protocolados e as prisões de bolsonaristas determinadas pelo STF.

“É importante que todos conversemos. E acho que vamos chegar rapidamente ao bom termo. Se gasta muita energia com assuntos que não são importantes”, declarou após dizer que as tentativas estão sendo feitas e de forma ‘bastante assertiva’.


“A gente tem tentado [conversar]. Nós fomos bastante assertivos. Você pode até ter uma vontade popular, e aí eu faço um mea-culpa de todos os lados. O Legislativo precisava, sim, ter se colocado de maneira mais rápida. O Judiciário precisa demonstrar boa vontade. E o presidente precisa deixar de questionar o sistema eleitoral. É preciso que todos sentem na mesa. Com diálogo, as coisas começam a fluir”, explicou.

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