Política

Lira diz que Bolsonaro está fechado com o PL de Valdemar Costa Neto

De acordo com o presidente da Câmara, o seu partido, o PP, tem a pretensão de indicar o vice na chapa do ex-capitão

Foto: Reprodução redes sociais
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), descartou a tese de que sua reeleição ao cargo dependa de uma nova vitória de Jair Bolsonaro em 2022. Para ele, os pleitos seriam independentes, ainda que tenha chegado ao cargo atual com o apoio do ex-capitão e sua base no Congresso.

“A vida do presidente Bolsonaro é uma. A minha vida é outra”, disse ao jornal Folha de São Paulo. “A eleição da Câmara tem diversos componentes. É determinante o apoio do governo? É. Às vezes um governo se elege e quer ter um candidato, e ajuda. Mas não só isso. Muitos governos foram derrotados nas suas iniciativas, inclusive recentemente”, acrescentou em sua defesa.

Lira é atualmente um dos bolsonaristas mais fiéis do Congresso e defende que o seu partido, o PP, comandado por Ciro Nogueira, componha uma chapa com Bolsonaro em 2022.

“Há uma vontade, que ele sendo do partido da base, possa escolher o vice de outro partido que possa se coligar. Mas tem um caminho longo ainda”, avaliou.

Sobre uma possível filiação de Bolsonaro ao PP, Lira descartou e garantiu que o ex-capitão está ‘fechado’ com Valdemar Costa Neto. “Essa questão está fechada com o PL”.

Na entrevista, o líder da Câmara também criticou a eleição de Sergio Moro, descartou qualquer apoio a Lula e disse não acreditar em terceira via.

“[A candidatura de Moro e outros ex-Lava Jato] é muito ruim. Acho que a maioria esmagadora do Ministério Público e do Judiciário não concorda com isso, por isso defendi a quarentena. Você não pode usar a sua profissão como arma. Você não pode fazer uma operação hoje e amanhã ser candidato, se pautando em cima de uma operação que teve sucesso ou falhas”, argumentou.

Nas perguntas mais polêmicas, sobre a tramitação da PEC dos Precatórios e as negociações de votos em troca de emendas de relator, bem como a proibição das emendas pelo Supremo Tribunal Federal, Lira se esquivou.

“Não podemos achar que uma decisão dessa [do STF] é normal. De 1988 a 2019, ninguém sabia o que o relator-geral fazia e ninguém questionava. Com a alteração da lei que a gente fez para que ficasse marcado no Orçamento todas as emendas de relator, era para ter transparência para o Congresso, senadores e deputados. Se isso foi mal compreendido e precisa ser aprimorado, que se faça por legislação”, tentou se explicar.

O parlamentar classificou como ‘absurda’ e ‘mentirosa’ a acusação de que negocia votos em troca de emendas parlamentares, prática amplamente denunciada nas últimas semanas.

“Quero que um parlamentar diga que conversou comigo e eu ofereci ou que alguém ofereceu emendas em troca de votar uma matéria”, desafiou.

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