Lira defende mais espaço nos ministérios do governo Lula: ‘O que há de errado com isso?’

Segundo ele, o governo precisa ser mais 'ativo' quanto às demandas dos parlamentares 

O presidente da Câmara, Arthur Lira. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) defendeu que o governo dê mais espaço para outros partidos nos Ministérios para ampliar a sua base de apoio. 

Em entrevista à GloboNews, nesta quinta-feira 1, Lira disse que, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha acolhido as demandas de cargos das legendas que o apoiaram durante a campanha, precisa continuar conquistando apoio parlamentar para não sofrer derrotas significativas. 

“É lógico que, numa conversa entre líderes, parte da articulação política, ou com presidente da República, ou com o presidente da Câmara, que essa mesma solução seja dada para outros partidos que ele queria [para] aumentar a base. O que há de errado com isso? O que há de diferente nisso? O que há de estranho nisso?”, questionou Lira.

Para ele, o governo precisa ser mais ‘ativo’ quanto às demandas dos parlamentares. 

“Em todas as medidas aprovadas até agora na Câmara, eu agi como agia no governo anterior. O que havia no governo anterior era uma relação de confiança de reciprocidade e de delegação. Esse governo peca com relação a isso”, disse. “O que não é possível é, por autoritarismo, querer que as suas pautas sejam aprovadas a todo custo. Isso não é possível e todos os alertas foram feitos.”

O presidente da Câmara ainda negou que tenha “pedido a cabeça” do ministro Renan Filho para ajudar nas negociações da aprovação da Medida Provisória que reestruturou as pastas ministeriais. 


“Pessoalmente, eu não reivindiquei a ninguém, não pedi ninguém, não pedi ministério nenhum, não pedi emenda nenhuma e não pedi a cabeça de ninguém”, afirmou.

O presidente da Casa ainda apontou que o governo “parece ter entendido” a necessidade de se trabalhar as articulações com o Congresso. 

“O censo ontem estava difícil na Câmara e a base me pede reciprocidade, mas eu tenho que olhar para todos os lados da Câmara. As pautas são variadas, eu tenho de ouvir e ser a caixa de ressonância deles. E o governo entendeu o resultado e o recado de ontem, vai concluir as operações de aproximação com a Câmara”, alegou. 

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