Uma fala do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) gerou uma confusão no plenário da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira 9. O deputado questionava o motivo de parlamentares bolsonaristas falarem dos ataques do Hamas contra Israel, mas ignorarem atos terroristas como o 8 de janeiro.
Em determinado momento, o parlamentar chamou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) de terrorista e eles trocaram acusações. Lindbergh disse que terrorismo é andar “com revólver em punho”, em referência ao momento em que, na véspera da eleição, Zambelli perseguiu um eleitor de Lula a mão armada em São Paulo.
Após ser interrompido por Zambelli, Lindbergh se dirigiu à deputada: “Andando com o revolver em punho, perseguindo uma pessoa nas vésperas da eleição. Isso é terrorismo, querida. A senhora não sabe? Explodir bomba é terrorismo, essa é a verdade. É terrorismo, a senhora é uma terrorista”, disparou.
A fala do parlamentar sobre “explodir bomba” é em relação ao episódio do dia 24 de dezembro, onde um bolsonarista foi preso após participação na tentativa de explosão de uma bomba nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.
“O que os senhores fizeram no dia da proclamação do presidente Lula, quando depredaram Brasília. O que vocês fizeram no dia 8 de janeiro, invadir o Supremo Tribunal Federal, esse Congresso, o Palácio do Planalto. Isso não é terrorismo?”, disse.
Zambelli respondeu dizendo que Lindbergh “não honrava o que tinha no meio das pernas” e que ele “não é homem de dizer isso”.
“Eu te perguntei se o Hamas era terrorista e vossa excelência não foi homem o suficiente para dizer que Hamas é terrorista. Sabe por quê? Porque vossa excelência e o terrorismo andam assim, ó”, afirmou a deputada.
A confusão continuou quando Zambelli saiu do microfone e ela precisou ser afastada pelos colegas.
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