Política

Liderados por Randolfe, não-petistas lançam manifesto de apoio a Lula em primeiro turno

O documento é visto como primeiro passo para a aproximação definitiva de nomes como Kassab e a ex-ministra Marina Silva à candidatura do petista

O ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert
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Com seu movimento político em direção ao centro já consolidado e a perspectiva de vencer as eleições presidenciais no primeiro turno, de acordo com as mais recentes pesquisas de opinião, o ex-presidente Lula está prestes a ganhar mais um apoio de peso. No início da próxima semana será lançado um manifesto assinado por dezenas de personalidades da sociedade civil que não têm vínculo partidário com o PT, mas enxergam no apoio imediato ao petista o melhor caminho para vencer a extrema-direita hoje instalada no Palácio do Planalto.

Organizada pelo senador Randolfe Rodrigues, da Rede, a lista de adesões ao manifesto ainda não está fechada, mas já inclui entre os signatários estão o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Sepúlveda Pertence; o ex-deputado e candidato à Presidência da Câmara, Mauricio Rands; o sindicalista Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT); o economista José Eli da Veiga; o cientista político Bernardo Ricupero; o ambientalista Márcio Santilli; o artista plástico Filipe Yung, a jornalista Ursula Vidal e o criminalista Kakay.

Há quem considere o lançamento do manifesto como “a antessala” do apoio da ao petista já no primeiro turno. Segundo uma fonte, a pista para isso é a presença de nomes como Patah, ligado ao PSD e a Gilberto Kassab; Rands, hoje no PROS, e o próprio Randolfe: “Esse documento é o primeiro passo para a aproximação definitiva de nomes como Kassab e a ex-ministra Marina Silva a Lula nos próximos meses”, indica.

“Mais do que eleger um presidente, em 2022 o Brasil fará plebiscito entre continuar o desastre ou retornar à normalidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada na esperança de um desenvolvimento sustentável. Não vemos razão que justifique adiar esta decisão para o segundo turno, pagando o preço das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e os riscos de alternativas fora da Constituição”, diz a versão provisória do documento, a qual CartaCapital teve acesso em primeira mão.

Os signatários do manifesto afirmam que, embora muitos sejam e ainda são “críticos” ou discordam “de fatos ocorridos e posições tomadas por Lula no passado”.  Mas apontam a necessidade de “olhar para o futuro” e, por isso, enxergam no ex-presidente a melhor opção para derrotar Jair Bolsonaro e tudo o que ele representa: “Não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022.”

 

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