Política

Líder do PT pede que Moraes proíba Eduardo Bolsonaro de assumir cargos públicos

Segundo Lindbergh Farias, uma eventual nomeação do deputado licenciado seria uma ‘afronta direta ao interesse público, à soberania nacional e às medidas cautelares’

Líder do PT pede que Moraes proíba Eduardo Bolsonaro de assumir cargos públicos
Líder do PT pede que Moraes proíba Eduardo Bolsonaro de assumir cargos públicos
Lindbergh Farias (PT-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados e Saul Loeb/AFP
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O líder do PT na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias, acionou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pedindo que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja impedido de assumir qualquer cargo público.

Em sua manifestação protocolada nesta terça-feira 22, Lindbergh cita uma reportagem da Folha de S.Paulo que aponta que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), estaria cogitando nomear Eduardo para uma secretaria especial nos EUA. A manobra seria para evitar que o deputado perdesse o mandato por faltas.

Segundo o líder do PT, a iniciativa seria uma “afronta direta ao interesse público, à soberania nacional e às medidas cautelares já impostas pela Suprema Corte brasileira” e configuraria um ato de desvio de poder. “O fato de a eventual nomeação ainda não ter se concretizado não impede a atuação preventiva do Judiciário”, justificou.

Ele pede a concessão de uma medida cautelar preventiva para vedar a nomeação de Eduardo nas esferas estadual, distrital ou municipal. Além disso, voltou a pedir o afastamento do deputado licenciado.

Eduardo é alvo de um inquérito no STF por tramar nos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras e enfraquecer as instituições democráticas. O pedido de Lindbergh acontece dias após Moraes determinar o bloqueio de contas bancárias, chaves Pix e bens móveis e imóveis de Eduardo.

Além do bloqueio financeiro, o salário de Eduardo como deputado ficará retido. A medida tem como objetivo impedir que o congressista continue a agir politicamente no exterior. Eduardo está há quatro meses nos EUA, para onde se mudou após pedir licença do mandato, alegando perseguição política.

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