Política

Líder do PL cobra rápida aprovação do passaporte da vacina, enquanto Bolsonaro dobra a aposta no boicote

‘A Câmara precisa aprová-lo, haja vista a nova cepa e a necessidade do controle das nossas fronteiras’, diz Carlos Portinho (RJ)

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), defendeu em plenário a adoção do chamado passaporte da vacina, a fim de tentar conter a disseminação da variante Ômicron do coronavírus, potencialmente mais transmissível.

Portinho é o autor do projeto de Lei 1.674/2021, que institui o Passaporte Nacional de Imunização e Segurança Sanitária, documento que poderá “subsidiar a suspensão ou o abrandamento de medidas restritivas para enfrentamento de situação de emergência de saúde pública”.

Segundo o senador, o projeto, aprovado pelo Senado, “adormece na Câmara dos Deputados”. Ele também minimizou seu contraste com a militância contra o passaporte empreendida pelo presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL desde a última terça-feira 30.

“Não tenho o menor desconforto se essa for a nossa única divergência, mas não vou deixar de insistir nesse projeto, que agora, mais do que nunca, é vital, e a Câmara dos Deputados precisa aprová-lo o quanto antes, haja vista o aumento dos casos, a nova cepa e, principalmente, a necessidade do controle das nossas fronteiras”, disse Portinho.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro insiste em incentivar o boicote às principais medidas de enfrentamento à Covid-19, como o uso de máscara, o distanciamento social e a vacinação. Nos últimos dias, o ex-capitão voltou a intensificar os ataques ao passaporte da vacina.

Na quinta 2, durante evento em Brasília, Bolsonaro mentiu ao se referir às vacinas, classificadas por ele como “experimentais”. Ao contrário do que ele alegou, porém, todo e qualquer imunizante aplicado no Brasil passou por testes e recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária após comprovação de sua eficácia e de sua segurança.

Ao criticar a possibilidade de o País adotar a exigência de comprovante de vacinação, o presidente afirmou que a medida “extrapola” o combate à pandemia e que “a liberdade de se vacinar é de cada cidadão brasileiro, no que depender do governo federal”.

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