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Lewandowski cobra reforço na claúsula democrática do Mercosul após ataque em Brasília

O chefe de Justiça e Segurança Pública participou de uma reunião com outros ministros do bloco, no Uruguai

Lewandowski cobra reforço na claúsula democrática do Mercosul após ataque em Brasília
Lewandowski cobra reforço na claúsula democrática do Mercosul após ataque em Brasília
Francisco Wanderley morreu no local ao deitar sobre um dos explosivos. Foto: EVARISTO SA / AFP
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Horas após o ataque à sede do Supremo Tribunal Federal, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, defendeu um reforço na chamada cláusula democrática do acordo que estabeleceu o Mercosul. As declarações foram proferidas nesta quinta-feira 14, na abertura da 60ª reunião de Ministros da Justiça do bloco, no Uruguai.

“Estes lamentáveis episódios nos fazem pensar que, mais do que nunca, é preciso reforçar a cláusula democrática que está inscrita em nossos tratados fundantes que dão a base a esta associação do Mercosul”, afirmou Lewandowski. O objetivo é dar efetividade à cláusula e “impedir retrocessos institucionais” nos países do bloco.

A cláusula democrática, uma norma fundamental do Mercosul, resulta do princípio de que o pleno funcionamento das instituições democráticas é pressuposto para o ingresso e a permanência no bloco.

O autor das explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, é Francisco Wanderley Luiz, que morreu no local.Ele foi candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, em Santa Catarina, em 2020. Áudios divulgados pela ex-mulher do chaveiro indicam que a intenção dele era matar o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o episódio. O diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues, afirmou existirem conexões entre as explosões em Brasília e um grupo extremista, em especial com participantes da tentativa de golpe em 8 de Janeiro de 2023.

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