As mortes causadas pelas polícias Civil e Militar em São Paulo chegaram ao menor índice para o primeiro semestre desde 2005. Entre janeiro e junho, foram contabilizadas 202 vítimas, uma redução de 41,1% em relação ao total do ano anterior. Os dados são do jornal O Estado de S. Paulo.
O ano de 2020 foi um dos mais letais no estado. Ao todo, foram 514 mortes decorrentes de operações policiais ou que envolviam agentes de segurança de folga.
A diminuição de ocorrências, de acordo com especialistas, resulta da implementação de câmeras corporais nas fardas dos policiais. O programa, chamado Olho Vivo, foi instituído pelo então governador João Doria (PSDB) e, desde o começo de 2021, já funciona em 58 batalhões do estado, com 8,1 mil aparelhos de gravação acoplados a uniformes de agentes selecionados. Até o fim do mês de agosto o total de câmeras instaladas deve chegar a mais de 10 mil.
O programa começou a ser pensado após a operação desastrosa em Paraisópolis, que resultou na morte de nove pessoas em 2019.
Além das câmeras, também houve a troca de armas de fogo por equipamentos não letais. Atualmente, as polícias paulistas contam com 7,5 mil armas de incapacitação neuromuscular.
Novos protocolos para a segurança pública também foram adotados, como a criação da Comissão de Mitigação de Não Conformidades, que analisa todas as ocorrências de mortes em operações policiais.
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