Política
Leprevost rebate criticas e diz que Moro é ‘traidor contumaz’ e ‘oportunista’
‘Conja’ estava na chapa de Ney Leprevost, do União Brasil, que recebeu apenas 60 mil votos na disputa pela prefeitura da capital do Paraná


O candidato derrotado à prefeitura de Curitiba (PR), Ney Leprevost (União Brasil), rebateu nesta quarta-feira 16 as críticas do senador Sérgio Moro (União Brasil) e afirmou que o parlamentar é um “traidor costumaz” e um “oportunista”.
“Este senhor é um traidor contumaz. Traiu a magistratura utilizando-se dela para se promover pessoalmente com objetivo de conquistar cargo político”, disse. “Um oportunista visto pela esquerda como carrasco do Lula e pela direita como traidor do Bolsonaro”, afirmou.
A briga entre paranaenses começou quando Leprevost, que concorreu à prefeitura de Curitiba ao lado da esposa do senador, Rosângela Moro (União Brasil), afirmou que Moro “atrapalhou bastante” a campanha.
“Não é que seja culpa dele [Moro], mas ele atrapalhou bastante. E ele é difícil de lidar, vaidoso”, reclamou o candidato derrotado em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira 16. Em resposta, Moro disse ao Estadão que Leprevost mente sobre a campanha.
Para o ex-juiz da Lava Jato, os comentários do deputado estadual são uma tentativa de transferir a culpa pela derrota. “Ele perdeu, escolheu perder sozinho”, afirmou. “Hoje as pesquisas me apontam como favorito para o governo do Estado. Então, não se tem problema de popularidade eleitoral, o problema foi o candidato”, disse.
Em resposta, Leprevost questionou: “Se o senhor fosse amado pelo povo de Curitiba como afirma, não precisaria andar rodeado de seguranças pagos pelo povo brasileiro até para ir à feira”.
O ex-candidato ainda afirmou que a escolha de Rosângela como vice foi uma imposição da executiva nacional, não uma escolha pessoal. “Peço desculpas ao povo de Curitiba por ter aceitado a imposição nacional do partido de ter a sua esposa como vice”.
Leprevost foi o quarto mais votado no primeiro turno das eleições em Curitiba, com 60.675 votos, o equivalente a 6,49% dos votos válidos, ficando atrás de Eduardo Pimentel (PSD), Cristina Graeml (PMB) e Luciano Ducci (PSB).
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