A Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União determinou, na terça-feira 9, que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba Deltan Dallagnol, hoje candidato a deputado federal, e o ex-procurador-chefe do Ministério Público Federal no Paraná João Vicente Beraldo Romão devolvam aos cofres públicos mais de 2,8 milhões de reais por gastos indevidos com viagens e diárias durante a operação. Além do ressarcimento solidário ao Erário, eles foram condenados a pagar multa individual de 200 mil reais.
De acordo com o TCU, o milionário prejuízo foi causado pela designação de procuradores de outros estados que atuaram na investigação em Curitiba. Embora trabalhassem o tempo todo na capital paranaense, eles não foram oficialmente transferidos para lá. Por isso, recebiam diárias como se morassem em outro lugar. Em seu voto, o ministro Bruno Dantas destacou a falta de fundamentação para esse modelo, a violação ao princípio da economicidade e ofensas ao princípio da impessoalidade, dada a ausência de critérios técnicos para manter esse sistema de pagamentos.
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