Política
Ladrão não mexe com polícia, diz coronel vice de Nunes sobre a equipe de Marçal
A declaração de Mello Aráujo ocorre um dia depois de o ex-coach provocar mais uma confusão em um debate


O candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Ricardo Nunes (MDB), coronel Ricardo Mello Araújo (PL), afirmou nesta terça-feira 24 não temer uma nova agressão por parte da equipe de Pablo Marçal (PRTB). Segundo o ex-comandante da Rota, “ladrão não mexe com polícia”.
A declaração ocorre um dia depois de Marçal provocar mais uma confusão em um debate. Um encontro no Flow Podcast terminou com o marqueteiro de Nunes ensanguentado, após ser agredido com um soco por um integrante da campanha do ex-coach.
“Ladrão não mexe com polícia. Gente que já se envolveu com o crime não quer encrenca com polícia”, disse Mello Araújo em uma sabatina na Rádio Trianon. “Como foi tudo premeditado, aí é que está o negócio. Ele não ia falar assim: ‘vamos pegar o coronel’. Foi arquitetado. Foi tudo montado. Não tenho dúvida nenhuma. Pegou a pessoa de costas, chamou a atenção dela e meteu uma coisa desleal.”
Mello Araújo, coronel aposentado da Polícia Militar, foi uma indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se mostrou irredutível na escolha, apesar da revolta de partidos que integram a base de Nunes.
Em publicações nas redes sociais, o ex-comandante já manifestou apoio ao impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, questionou a segurança das urnas eletrônicas e se pronunciou contra a obrigatoriedade da vacina da Covid-19. A exemplo de Bolsonaro, criticou a política sanitária de isolamento social na pandemia.
Mello Araújo também já defendeu abordagens diferentes da Rota, tropa de elite da PM paulista, em bairros ricos e na periferia, além de se manifestar pela extinção da Ouvidoria, órgão responsável por receber e analisar as denúncias contra policiais por má conduta.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Cármen Lúcia repudia cenas ‘abjetas e criminosas’ na campanha e cobra partidos: ‘Tomem tenência’
Por CartaCapital
Próximos debates mantêm convite a Marçal, apesar do caos no Flow
Por CartaCapital
Quaest em São Paulo: Nunes cresce entre os evangélicos e se distancia de Marçal
Por CartaCapital