Política
Justiça manda PF abrir inquérito contra Marçal por calúnia a Boulos
Candidato do PRTB usou os debates para insinuar que o psolista seria usuário de drogas


A Justiça Eleitoral acolheu um pedido do Ministério Público Eleitoral e determinou que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para investigar as falas do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), contra o também candidato Guilherme Boulos (PSOL).
A decisão, assinada nesta segunda-feira 19 pelo juiz Augusto Drummond Lepage, da 346ª Zona Eleitoral de São Paulo, é em um processo que acusa o ex-coach de disseminar informações falsas sobre Boulos.
Durante os dois debates – um pela Band e o outro pelo jornal O Estado de S. Paulo – Marçal insinuou que Boulos seria usuário de drogas. A acusação também foi feita em postagens do coach nas redes sociais.
Os casos levaram o Ministério Público Eleitoral a pedir a abertura do inquérito. O órgão sustenta que as acusações de Marçal violam a lei eleitoral que proíbe a divulgação de informações falsas em casos específicos ligados à eleição.
Por causa das acusações infundadas, o candidato do PSOL já conseguiu na Justiça pelo menos dois direitos de resposta nas redes sociais do influenciador digital.
Pelas sentenças, as manifestações de Marçal contra Boulos constituem em conteúdo “unicamente injurioso à pessoa do autor [Boulos], imputando a ele, seja através de imputação direta, seja através de gestos, a condição de usuário e viciado em entorpecentes”.
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